Ex-primeira dama argentina diz que sofreu ‘terrorismo psicológico’ de Alberto Fernández
A ex-primeira-dama afirmou que os episódios de ameaça foram o estopim para que ela denunciasse o ex-marido
Foto: Reprodução
A ex-primeira-dama da Argentina Fabiola Yãnez conversou com a imprensa pela primeira vez após vir à tona a denúncia de violência doméstica feita contra o Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, com quem foi casada entre 2029 e 2023.
Em entrevista, Yãnez disse ter sofrido “assédio telefônico” e “terrorismo psicológico” e que o ex-presidente ameaçava se suicidar.
“Essa pessoa ficou dois meses — todas as conversas estão aí e muita gente sabe disso — me ameaçando dia sim, dia não, que se eu fizesse isso, se eu fizesse aquilo, ele ia se suicidar”, detalhou Yãnez em entrevista. “Isso é um crime”, completou ela.
A ex-primeira-dama relatou que os episódios de ameaça foram o estopim para que ela denunciasse o ex-marido. Fernández é acusado de agredir fisicamente a mulher.
Atualmente, Yáñez vive em Madri com o filho, fruto do relacionamento com Fernández. Durante a entrevista, a mulher afirmou que tem medo de voltar para casa, na Argentina. “Hoje eu não pude sair de casa, colocaram inibidores para eu não sair”, alegou. Ela diz que não sabe quem fez isso, mas a Justiça terá que investigar.
Agressões
Fabiola fez a denúncia na última terça-feira (6/8), durante uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini. Na quinta-feira (8/8), foram divulgadas fotos de Yañez com hematomas no braço e no rosto. Os machucados seriam decorrentes das agressões.
Também vazaram mensagens trocadas entre os dois. “Você tem me agredido há três dias seguidos”, disse a ex-primeira-dama em mensagem pelo WhatsApp.
O celular do ex-presidente foi apreendido durante uma operação de busca nesse sábado (10/8). Segundo a imprensa local, a ação visa apurar se o ex-presidente continuou a “assediar” a ex-esposa mesmo após proibição da Justiça.