Brasil adere exame internacional que avalia capacidade de leitura das crianças
Exame é feito por meio de amostragem, em larga escala, em escolas públicas e privadas; medida é já é aplicada em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suécia
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Foto: Divulgação
A partir de 2020, alunos do 4º ano passarão a ter a capacidade de leitura e compreensão de textos avaliadas pelo estudo internacional PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study). O exame é feito por meio de amostragem, em larga escala, em escolas públicas e privadas. A informação é do Ministério da Educação (MEC).
A primeira aplicação, revela a pasta, será feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao próprio MEC, que já assinou termo de adesão ao estudo.
Segundo o secretário de Alfabetização da Pasta, Carlos Nadalim, o PIRLS é o maior exame no mundo voltado especificamente para leitura, que ele ressalta ser uma das prioridades do governo federal no setor da educação. “A adesão do Brasil ao PIRLS fortalece o desenvolvimento de políticas baseadas em evidências para melhorar a educação”, afirmou.
O secretário ainda destaca que, os resultados possibilitará uma comparação com outros 50 países que também adotaram o exame. “Os estudos comparativos de sistemas educacionais em todo o mundo permitem uma melhor compreensão das políticas e práticas que promovem o progresso educacional e desempenham um papel crítico para ajudar as nações a construir seu próprio conhecimento e capacidade de pesquisa”.
O exame
O PIRLS é realizado a cada cinco anos pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), cooperativa internacional de instituições nacionais de pesquisa, acadêmicos e analistas que trabalham para avaliar, entender e melhorar a educação em todo o mundo. O Brasil faz parte da IEA, mas não estava entre os países que aplicam o PIRLS.
A inclusão do Brasil entre os países que aplicam a avaliação segue as diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada em 11 de abril. A PNA inseriu o Brasil no rol de países que fundamentaram suas políticas educacionais de alfabetização nas mais atuais evidências científicas.