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Exército afasta Mauro Cid após decisão do STF

Salário de R$ 27 do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi mantido

Por Da Redação
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Exército afasta Mauro Cid após decisão do STF

Foto: Geraldo Magela/Agência Brasil

O Exército Brasileiro anunciou que acatará a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afastará o tenente-coronel Mauro Cid de suas funções. A decisão foi publicada no domingo (10). O ex-ajudante de ordens da Presidência ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal, sem ocupar cargo.

Após quatro meses da sua prisão na Operação Verine, que investiga um suposto esquema de peculato eletrônico envolvendo dados falsos no sistema do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas, Mauro Cid deixou o Batalhão do Exército em Brasília no último sábado (9). Essas carteiras foram emitidas em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de outras pessoas. A liberação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também homologou a delação premiada de Mauro Cid. Esta delação pode ser crucial para preencher lacunas e avançar em investigações delicadas que envolvem o ex-presidente Bolsonaro.

Cid desempenha um papel central nos inquéritos sobre ataques às urnas eletrônicas, fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e um suposto esquema de venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente. Apesar de estar em liberdade, Mauro Cid está sujeito a uma série de restrições determinadas por Moraes. Ele utiliza uma tornozeleira eletrônica, teve seu passaporte cancelado e está proibido de deixar o país. Além disso, não pode se comunicar com outros investigados e está proibido de usar redes sociais. Deve se apresentar semanalmente ao Juízo de Execuções de Brasília e permanecer em recolhimento domiciliar durante as noites e fins de semana. Também teve suspensos eventuais porte de armas e registro de CAC.

A decisão de liberar Mauro Cid foi fundamentada na avaliação de Moraes de que a manutenção da prisão já não seria "adequada e proporcional". O ministro destacou os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens à Polícia Federal, que, segundo ele, esclareceram as provas obtidas anteriormente.

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