Exército confirma perda de 83 mil comprimidos de cloroquina em estoques vencidos

O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) confirmou que os 83 mil comprimidos de cloroquina 150 mg em estoque e que foram fabricados pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx), no Rio de Janeiro, não poderão ser utilizados. Os medicamentos tinham vencimento para junho deste ano. As informações são da CNN.

O exército brasileiro explicou, através de nota, que o LQFEx é um órgão executor e que, por isso, não trata sobre a eficácia do medicamento e também a respeito da ampliação ou redução de sua produção, que nesse caso foi demandada pelos Ministérios da Saúde e da Defesa.

De acordo com o órgão, é dever das pastas a definição  das quantidades e locais de distribuição, conforme seus levantamentos e necessidades. Por isso, dizem que nesse contexto, foram produzidos um total de 3.229.910 de comprimidos de cloroquina 150 mg no LQFEx – com custo aproximado de R$ 0,35 centavos por comprimido -, sendo utilizados, até maio deste ano, 3.146.800 de comprimidos, perfazendo 97,4% do total.

Como justificativa da não utilização dos comprimidos, o Exército disse considerar que o “gerenciamento dos estoques de cloroquina 150mg no LQFEx atendeu plenamente às práticas de boa gestão”. “Cabe destacar que a literatura (levantamento sobre legislações ou trabalhos científicos) considera que entre 2 e 5% de perdas de medicamentos são valores aceitáveis”, explica. O órgão não esclareceu se o descarte dos medicamentos já foi ou se será realizado.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou, em maio de 2020, que o medicamento estava aprovado para combater casos graves da Covid-19 e que o Ministério da Defesa anunciava o aumento da produção do medicamento nos três laboratórios das Forças Armadas.