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Organizações entram com medida cautelar na CIDH e cobram respostas sobre o desaparecimento de jornalista e indigenista

Repórter e indigenista estão desaparecidos no Amazonas desde o dia 5 de junho

Por Da Redação
Ás

Organizações entram com medida cautelar na CIDH e cobram respostas sobre o desaparecimento de jornalista e indigenista

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A ARTIGO 19, organização que atua em defesa e pela promoção do direito à liberdade de expressão e de acesso à informação em todo o mundo, protocolou, nesta sexta-feira (10), um pedido de medida cautelar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) para resguardar as vidas e a integridade de Dom Phillips e de Bruno Araújo Pereira, repórter e indigenista desaparecidos no Amazonas desde o dia 5 de junho

As entidades solicitam que a CIDH determine ao Estado brasileiro que adote as medidas necessárias para localizar e salvaguardar Phillips e Pereira, de maneira que possam desenvolver suas atividades jornalísticas e de defesa dos direitos humanos sem sofrerem ameaças, intimidações ou outras formas de violência na região Amazônica.

Além disso, pede também mais celeridade na investigação dos fatos, se necessário em cooperação com países que têm fronteira com o Brasil, contando com profissionais qualificados, que conheçam a região e munidos de equipamentos e meios de transporte que permitam busca profunda no território. 

Para finalizar,  o documento demanda ainda que o governo federal deixe de promover declarações atribuindo a responsabilidade do acontecido às vítimas, ou mesmo à região e às dificuldades de locomoção relacionadas. O ponto foi inserido devido à declaração recente do presidente Jair Bolsonaro, em que afirmou que “duas pessoas apenas, em um barco, em uma região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça”.

O documento enviado à CIDH também lembra que o Estado brasileiro está claramente se omitindo em implementar as recomendações da própria comissão presentes no documento resultante de sua visita in loco ao País, realizada em 2018. São elas: “garantir a implementação efetiva e integral das medidas de proteção a defensores de direitos humanos, em particular aqueles que se encontram em áreas rurais e distantes dos centros urbanos”; e “investigar, com a devida diligência, os atos de violência contra defensores de direitos humanos e outros grupos em situação de risco”.

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