Fabricante do Remdesivir abre mão de patente para facilitar acesso de países, mas Brasil fica de fora da lista
Gilead informou que em caso de aprovação, o medicamento será disponibilizado para todo o mundo
Foto: Reprodução/ Getty Images
A farmacêutica Gilead Sciences, que fabrica o antiviral Remdesivir, remédio utilizado em testes contra a Covid-19, abriu mão da patentes do produto para facilitar o acesso ao medicamento em 127 países, porém, o Brasil ficou de fora da lista.
Ao ser questionada pela EXAME, a farmacêutica infotmou que a decisão sobre os países que terão a licença voluntária é baseada em uma lista do Banco Mundial. De acordo com o comunicado, os 127 países autorizados "representam quase todos os países de baixa e média renda, bem como vários de alta e média renda que enfrentam obstáculos significativos de acesso à saúde."
No entanto, não foi esclarecido o motivo pelo qual o Brasil não foi incluído na lista. Contudo, a empresa ponderou que caso seja comprovado que o medicamento é seguro e eficaz no tratamento contra o novo coronavírus, a Gilead está "comprometida" e tornar seu produto acessível aos governos de todo o mundo.
"Continuaremos a discutir com as autoridades regulatórias, incluindo no Brasil, o crescente corpo de evidências do Remdesivir como um tratamento potencial para a covid-19, com o objetivo de torná-lo mais amplamente disponível para pacientes com necessidades urgentes", disse em nota à EXAME.