Coronavírus

Fabricantes da Sputnik V vão processar Anvisa por divulgação de "notícias falsas"

Órgão negou importação de imunizante na última segunda-feira (26)

Por Da Redação
Ás

Fabricantes da Sputnik V vão processar Anvisa por divulgação de "notícias falsas"

Foto: Reprodução/Money Times

O perfil da vacina Sputnik V no Twitter afirmou nesta quinta-feira (29) que vai processar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por "espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente". Na última segunda-feira (26), a Anvisa negou o pedido de importação feito por governadores para trazer a vacina russa para o Brasil. Em sua análise, o órgão afirmou que não há comprovações suficientes sobre a segurança do imunizante. 

Em sua análise, a Anvisa considerou que há vírus que replicam e que não se sabe quanto tempo ficam presentes no corpo humano, o que não é desejável e pode gerar risco à saúde dos pacientes, principalmente aqueles com sistema imune comprometido e que a vacina não havia sido testada pelo órgão federal. 

"Anvisa fez declarações incorretas e enganosas sem ter testado a vacina Sputnik V real. E desconsiderando ofício de Gamaleya Inst. que nenhum RCA está presente, e apenas vetores não replicantes são usados com E1 deletado", afirma a publicação.

De acordo com uma reprodução de um documento enviado pela Sputnik V, anexado na apresentação, os fabricantes da vacina admitiam a possibilidade de formação de adenovírus replicantes. O jornal O Globo apurou que aliado ao documento citado, os técnicos analisaram laudos que demonstravam a presença de vírus replicante nos lotes.

"Durante a propagação de partículas de adenovírus recombinantes na cultura de células HEK293, como resultado da recombinação homóloga entre o DNA recombinante de partículas de adenovírus e a sequência adenoviral integrada no genoma celular, adenovírus competentes para replicação podem ser formados", diz o documento anexado pela Anvisa.

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