Fachin vê risco de Brasil ter evento 'mais grave' do que invasão do Capitólio, nos EUA
Ministro também afirmou que as Forças Armadas podem colaborar, mas não intervir nas eleições
Foto: Carlos Moura/TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou nesta quarta-feira (6) que há risco de o Brasil passar por um evento mais grave do que a invasão ao Capitólio de Washington, ocorrido em 6 de janeiro do ano passado, quando partidários do então presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, invadiram as dependências do Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.
De acordo com Fachin, a situação pode ser ainda pior do que foi na capital americana. “Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro, do Capitólio”, ressaltou.
Em testemunho ao comitê da Câmara que investiga a invasão, a ex-assessora especial da presidência dos EUA, Cassidy Hutchinson, afirmou que Trump sabia que seus apoiadores estavam armados na ocasião e mandou as forças de segurança permitirem a passagem deles.
Fachin também afirmou que as Forças Armadas podem colaborar, mas não intervir nas eleições. Ele ressaltou que tal subversão de papel não será aceita. “Colaboração, sim. Intervenção, jamais”, destacou.
As Forças Armadas brasileiras fazem parte da Comissão de Transparência das Eleições, órgão criado para discutir medidas que possam ampliar a segurança e a transparência do processo eleitoral.