Editorial

Facilidade no acesso a investimentos estrangeiros

Confira o editorial desta quarta-feira (27)

Por Editorial , Erick Tedesco
Ás

Facilidade no acesso a investimentos estrangeiros

Foto: Divulgação

Enquanto 2020 foi um ano marcado por distintos desafios para diversos setores, para o agronegócio, por certo, 2021 tente a ser um ano de superação – analistas de mercado até mesmo já falam em recorde, apesar de ser ainda muito cedo para tanto.

Produtores, agroindústrias, startups e AgTechs que nos últimos anos investiram pesado em inovação, foi um dos poucos segmentos que absorveu os impactos da crise financeira. E se tudo andou bem até agora, com a sanção da Lei 13.986/2020, que trata sobre as medidas para crédito e financiamento de dívidas de produtores rurais, 2021 pode ser um ano ainda próspero, sim.

A Nova Lei do Agro é um grande passo para desburocratização do crédito agrícola, um marco para o setor rural brasileiro, modernizando e ampliando o acesso ao financiamento e ainda expandindo os recursos e reduzindo taxas de juros. Com as mudanças, o mercado de crédito agrícola ficou ainda mais aquecido com as alterações principalmente sobre as Cédulas de Produto Rural (CPR).

A CPR é o principal título de financiamento dentro do sistema de crédito agrícola oficial. A sua popularidade e versatilidade – agora aumentada com as medidas de desburocratização nova lei – permitem que elas continuem a ser o título mais popular, também para o financiamento em mercado de capitais privado. 

Isso porque se adequa muito bem para servir de lastro para emissão de outros títulos dela derivados, como a CRA ou a CIR, por exemplo, que, agora, teriam mais atratividade para o investidor estrangeiro pela possibilidade de emissão com variação cambial e registro no exterior.

A mudança é tão significativa que até é alçada a “base para a estruturação do mercado financeiro agrícola no Brasil”, no entendimento da economista e doutora em agronegócios Claudine Saldanha Cesar Pinheiro Machado.

Ou seja, são horizontes ao produtor e para o mercado de capitais. Como acredita Claudine, essa revolução das garantias pode liberar muito valor no agronegócio brasileiro, que antes estava preso em sobre garantias. Estima-se que ela possa liberar recursos da ordem de R$ 5 bilhões por ano para o agronegócio.

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