Falta de acordo da Petrobras com a Sete Brasil pode virar prejuízo bilionário
Petroleira pode ser alvo de ações de credores da empresa criada para alugar sondas de exploração do pré-sal
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Depois de diversos adiamentos em razão de divergências entre os conselheiros, a Petrobras vai ter que decidir se oferece, ou não uma proposta de acordo para indenizar a Sete Brasil, empresa criada para fornecer sondas de exploração do petróleo do pré-sal.
A cifra em questão pode chegar a R$ 1 bilhão e, caso não haja acordo, a petroleira pode ser alvo de diversas ações de cobrança de valores bem maiores. Caso evolua para uma briga judicial, a Petrobras pode ser responsabilizada pelos crimes praticados pelos seus ex-diretores envolvidos no petrolão.
A Sete foi criada em 2010 e era vista como uma forma de cumprir a lei e as exigências da Agência Nacional de Petróleo (ANP) que incentivaram a contratação de empresas nacionais para a exploração em camadas profundas. Com 9,4% de capital da Petrobras e um quadro de diretores oriundos da petrolífera, a empresa venceu concorrências para locar 28 sondas à estatal brasileira.
De acordo com o Metrópoles, até mesmo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, procurou o juiz da recuperação judicial da Sete Brasil para informar que pretende acelerar o acordo. E a pedido da estatal, a Justiça marcou para outubro uma audiência especial com as partes para debater um acordo.