Mãe suspeita de matar e esquartejar filha de 9 anos alega vingança contra ex-companheiro
Suspeita apresentada versões conflitantes e ficará detida durante as investigações
Foto: Reprodução/web/Imagem ilustrativa
Uma mulher de 30 anos, presa sob suspeitas de assassinar, esquartejar e guardar partes do corpo de sua filha de nove anos em uma geladeira, alegou, em depoimento à polícia, que cometeu o crime como ato de vingança contra o ex-companheiro, que é o pai da criança. No domingo (27), Ruth Floriano teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, o que significa que ela permanecerá detida por tempo indeterminado até que as investigações avancem.
A Polícia Civil não revelou o nome do homem envolvido ou se ele já foi localizado, e está apurando as circunstâncias precisas do crime, sua motivação e a possível participação de outras pessoas. Isso deve ao fato de a suspeita ter apresentado várias versões do ocorrido durante seu depoimento e não conseguir fornecer detalhes exatos sobre os dados e o local do crime.
As informações preliminares sugerem que Alany Izilda Floriano Silva, a criança vítima, pode ter sido morta a cerca de 20 dias antes do crime ser descoberto. Seus restos mortais foram encontrados na nova residência de sua mãe, na região do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, enquanto a morte teria ocorrido na antiga casa da família, na zona leste da cidade.
De acordo com o relato da mãe, ela se mudou para a região do Jardim Ângela no dia 16 de agosto, alegando que sofreu ameaças e agressões de seu ex-marido. A mudança contou com a ajuda de seu atual namorado, Jonathan Queiroz dos Reis. No entanto, durante o transporte de móveis, as testemunhas notaram que a geladeira estava envolta em um lençol e amarrada com fitas, e que parecia mais pesada do que o normal, exigindo a ajuda de quatro pessoas para carregá-la.
A suspeita alegou que havia guardado suas coisas dentro da geladeira, pois não possuía malas. No entanto, a sua atual sogra começou a desconfiar da situação quando viu que o eletrodoméstico estava ligado à tomada, suspeitando que poderia conter drogas ou armas. A tragédia veio à tona quando um sogra da suspeita entrou na residência, encontrando restos mortais de uma criança em uma caixa térmica ao lado da geladeira. A Polícia Militar foi chamada e, ao abrir a geladeira, encontrou outras partes do corpo da vítima.
O caso foi registrado como homicídio triplamente elevado, considerando motivo fútil e a indefesa da vítima, que era uma criança. Além disso, a suspeita responderá por ocultação de cadáver. O delegado responsável pelo caso destacou a aparente frieza de Ruth Floriano ao relatar o assassinato de sua filha e tentar ocultar o corpo, não demonstrando nenhum sinal de arrependimento.