Economia

Falta de pagamento de contas básicas volta a crescer e bate recorde em agosto

Já as dívidas com bancos e cartões de crédito apresentam quedas consecutivas nos últimos meses

Por Da Redação
Ás

Falta de pagamento de contas básicas volta a crescer e bate recorde em agosto

Foto: Divulgação/Governo MS

A inadimplência no pagamento de contas básicas, como luz, água e gás, bateu recorde no mês de agosto, apresentando o maior índice desde 2019. Os dados foram divulgados pelo Mapa da Inadimplência.

Ainda segundo a pesquisa, a renegociação de dívidas da Serasa em agosto bateu 24,4%. O número representa um aumento de 0,53 ponto porcentual em relação ao registrado no mês de julho. Neste ano, essas contas acumulam crescimento de 2,97 pontos percentuais.

O dado está relacionado ao aumento da inflação oficial de preços em agosto, impulsionado pelo aumento no valor das contas de luz (+4,59%), de acordo com o IPCA divulgado pelo IBGE.

Outro número preocupante trata sobre a quantidade de brasileiros que não conseguem pagar suas contas, que voltou a subir em agosto, depois de dois meses de quedas consecutivas, atingindo 71,7 milhões, o que representa 43% da população adulta do Brasil. O aumento foi de 320 mil pessoas nessa situação, em relação ao número registrado em julho.

Outras dívidas

As dívidas com bancos e cartões de crédito, que são geralmente maiores e representam a maior parte do endividamento, caíram pelo segundo mês consecutivo em agosto, atingindo o nível mais baixo do ano, representando 29,29% das pendências dos inadimplentes.

Os programas de renegociação de dívidas podem ter influência neste novo cenário, explica a especialista em educação financeira da Serasa, Clara Aguiar. "As contas básicas representando o maior crescimento, enquanto as dívidas de bancos e cartões têm o menor patamar do ano, se justificam justamente pela quantidade de incentivos à renegociação de dívidas", conta.

Um desses programas de incentivo é o Desenrola Brasil, lançado pelo governo federal no mês de julho. No total, R$ 13,2 bilhões em dívidas já foram negociados pelo canal criado pelo governo.

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