Família de trabalhador morto ao montar show vai processar banda Menos é Mais
Pedro Alves morreu após sofrer uma descarga elétrica; filha da vítima conta que ele não tinha formação para trabalhar com eletricidade
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Foto: Reprodução
Pedro Alves do Rosário, trabalhador de 40 anos, morreu após sofrer uma descarga elétrica durante a montagem do show do Grupo Menos é Mais, em Salvador. A família prometeu processar a banda de pagode por causa do ocorrido.
Segundo testemunhas, Pedro não utilizava os equipamentos de proteção individual necessários como capacete, luvas e óculos de proteção, estava usando somente uma bota de segurança. Ele prestava serviço para uma empresa terceirizada, a B Leal Produções, quando foi contratado através dela para o show que aconteceu no dia 11 de janeiro.
Além do Menos é Mais, o Grupo Onda, que produziu a festa, também será processado pela família. A filha da vítima contou em entrevista, que o pai não tinha formação técnica para trabalhar com eletricidade, ela achava que ele só iria trabalhar com a montagem do palco.
Pedro chegou a ser socorrido por uma ambulância do evento e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itapuã, mas não resistiu. O caso foi registrado na 12° Delegacia (Itapuã) como morte acidental por eletroplessão - termo técnico usado para explicar mortes causadas por descargas elétricas acidentais. O laudo pericial da morte deve sair nos próximos dias.
O Grupo Menos é Mais afirmou que irá cobrar as providências para que os direitos dos familiares da vítima sejam assegurados. Por meio de nota, os dois grupos disseram que estão acompanhando o caso de perto.
O único suporte recebido pela família foram os recursos para pagar o enterro de Pedro, arcados pelo dono do B Leal Produções. Os familiares também receberam o valor equivalente a quatro diárias de trabalho, cerca de R$1 mil, que não haviam sido pagas ao trabalhador.