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Sobe para 12 nº de igrejas interditadas em Salvador, após desabamento; somente uma foi contemplada pelo Novo PAC

Acidente em igreja da capital deixou uma pessoa morta e cinco feridas no início do mês

Por Da Redação
Ás

Sobe para 12 nº de igrejas interditadas em Salvador, após desabamento; somente uma foi contemplada pelo Novo PAC

Foto: Defesa Civil de Salvador

Subiu para 12 o número de igrejas interditadas em Salvador, por questões de segurança, após vistorias realizadas pela Defesa Civil da cidade (Codesal) em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  (Iphan). 

A força tarefa realizada pelos órgãos é motivada pelo desabamento do teto da Igreja de São Francisco, localizada no Centro Histórico de Salvador, que deixou uma pessoa morta e outras cinco pessoas feridas. Entre as 12, a Igreja de São Miguel está interditada há 10 anos.

Do total de templos interditados na capital baiana, somente um foi contemplado pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos recursos destinados à restauração de bens culturais tombados pelo Iphan ou associados a bens culturais registrados e patrimônio arqueológico. 

O programa anunciou 144 obras em edifícios tombados em todo o Brasil, além de 105 projetos para recuperação de objetos de arte sob a guarda do governo. Destes, 45 estão no Nordeste, e 13, na Bahia. Somente em Salvador há 30 igrejas tombadas pelo Iphan.

Confira a lista completa das igrejas interditadas em Salvador:

1. Igreja da 1ª de São Francisco;
2. Igreja e Mosteiro da Ordem 3ª de São Francisco;
3. Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem;
4. Igreja de Nossa Senhora da Ajuda;
5. Igreja e Convento dos Perdões;
6. Igreja e Mosteiro de São Bento;
7. Igreja dos 15 Mistérios;
8. Igreja de Nossa Senhora do Carmo;
9. Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat
10. Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa;
11. Igreja de São Miguel (interditada há 10 anos);
12. Igreja de Santa Clara do Desterro (contemplada pelo PAC).

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Acidente na Igreja de São Francisco

No dia cinco deste mês, parte do teto da Igreja São Francisco de Assis, conhecida como "Igreja de Ouro", caiu. A turista de São Paulo, Giulia Panchoni Righetto, foi atingida pelos escombros e morreu.

A última vistoria realizada na igreja tinha acontecido em maio de 2024. Uma outra visita estava marcada para o dia seguinte ao acidente. De acordo com o frei Pedro Júnior Freitas da Silva, que ocupa a função de guardião-diretor da igreja, ele havia alertado o Iphan sobre uma "dilatação" no forro do teto e pediu a vistoria.

Por sua vez, o Iphan disse que os frades informaram, no documento, a existência de uma dilatação no forro do teto da nave central, sem expressar caráter de urgência. Ainda de acordo com o instituto, tampouco houve qualquer comunicado à Defesa Civil Municipal, Corpo de Bombeiros ou outros órgãos sobre os eventuais riscos.

Segundo o órgão, em março de 2022, foi emitido um auto de infração, em março de 2022, à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, responsável pela igreja, por causa da degradação causada por falta de manutenção e conservação.

Em 2024, o Iphan chegou a contratar, por R$ 1,2 milhão, uma empresa especializada para elaboração do projeto de restauração completa do complexo formado pela igreja e convento de São Francisco de Assis.

Após o acidente, o órgão informou que realizará a contratação das obras emergenciais que englobarão escoramento, estabilização, acesso e segurança do monumento e dos trabalhadores envolvidos.

Veja imagens de como era e como ficou o templo após o acidente:

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Paulo Restaurador
O descaso com o patrimônio histórico em todo o Brasil já vem de tempos. O dinheiro para fazer o trabalho de preservação e restauração está disponível, porém a burocracia aliada a corrupção impedem que o trabalho seja realizado.

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