Familiares de congolês morto dizem que agressores são protegidos e que vídeo do crime foi 'editado'
Moïse Kabagambe foi assassinado no dia 24 de janeiro, no Rio
Foto: Bruno Mirandella/Divulgação
Familiares do congolês Moïse Kabagambe, morto no Rio de Janeiro, no último dia 24, afirmaram nesta terça-feira (8), que os agressores estão sendo protegidos e que nem todos os participantes foram presos. Eles ainda alegaram que o vídeo do crime tenha sido "editado". As declarações foram feitas durante audiência Comissão de Direitos Humanos do Senado destinada a debater o caso Moïse e a situação de refugiados no Brasil.
O tio da vítima, Yannick Kamanda, afirmou aos senadores que o vídeo que comprova as agressões contra o congolês foi editado após ter sido retirado o sigilo das imagens.
Para Kamanda, a prisão de todos os envolvidos no assassinato é importante para que a família possa se sentir segura.
“A gente agradece muito tudo que está sendo feito. Mas, o principal, que é a justiça na íntegra dela, não está sendo feita. Eu assisti sim o vídeo dentro da Delegacia de Homicídios junto ao delegado, mas queria saber por que o delegado tinha pedido para deixar isso no sigilo, um ato de tanta barbaridade, tão cruel. Depois que não ficou no sigilo, editaram o vídeo”, afirmou.
“Não só o advogado tem direito à integridade do vídeo, porque, vendo a íntegra do vídeo, vocês todos verão que simplesmente há sim participação de outras pessoas tanto em omissão de socorro quanto de agressões. Mas esse vídeo não está aparecendo e não está nos deixando seguros. Porque sem a prisão de todos os envolvidos a família não se sentirá segura”, continuou.