"Famílias de classe média são as mais afetadas", diz médico sobre 2° onda da Covid-19
Júlio Abreu explica perigo de aglomerações e não uso da máscara
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O professor e médico pneumologista Júlio Abreu, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, postou um vídeo nas redes sociais para alertar a população brasileira sobre o risco de uma segunda onda da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo ele, as famílias de classe média são as mais afetadas em novo crescimento da pandemia.
O médico informou que, no início da epidemia, as classes econômicas mais baixas foram as mais afetadas, especialmente porque os trabalhadores mais pobres têm atividades presenciais, em sua maioria, e por usarem mais o transporte público. Agora, houve uma mudança na situação. “Todo mundo parou de usar a máscara e a classe média passou a fazer confraternizações, jantares e festas de família. O vírus encontrou uma situação perfeita e entrou nas casas de maneira transgeracional. O neto chega em casa com o vírus e passa para o pai e o avô”, disse Abreu.
O médico explica ainda que a classe média conseguiu, de maneira geral, se proteger da Covid-19 com isolamento social, home office e evitando visitas familiares. Mas, conforme as pessoas voltaram a encontrar amigos e parentes, o vírus passou a contaminar famílias inteiras. “Quando as pessoas estavam usando máscaras, a contaminação gerava casos leves da doença. Mas agora os jovens estão se reunindo em festas sem máscara. O jovem chega em casa com uma grande carga viral do coronavírus e transmite para os familiares, que podem acabar tendo sintomas graves”.
Ainda segundo o médico, é importante que as pessoas aprendam a não deixar o vírus se espalhar entre familiares. “Caso alguém comece a sentir sintomas, o ideal é que já use máscara em casa mesmo, para não passar o vírus para os parentes. Se divide o quarto, o ideal é a outra pessoa saia do cômodo”, afirma. Abreu aponta ainda que é fundamental que a pessoa infectada pela Covid-19 avise todos amigos, parentes e colegas com quem teve contato nas últimas 48h para que todos comecem a tomar os cuidados de prevenção.
