Faroeste: Investigadores tentam descobrir se Ediene foi responsável por indicação de assistência militar do MP
Ação investiga a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais
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Investigadores da Operação Faroeste, que apuram a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, disseram nesta segunda-feira (21), que não entendem porque a chefia da Assistência Militar do Ministério Público Estadual foi exercida, nos dois mandatos da procuradora Ediene Lousado, por um um major e não um tenente-coronel ou um coronel, como sugeriria a tradição e a hierarquia.
No momento, os investigadores tentam descobrir se o responsável pelo setor foi uma indicação da própria ex-chefe do MP ou passou por uma recomendação do ex-secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa. De acordo com a investigação, após ocupar o cargo de Ediene, a procuradora geral de Justiça, Norma Cavalcanti, restabeleceu a tradição, que incomodava principalmente oficiais que precisavam se relacionar com o MP, nomeando para o cargo o tenente coronel Gilberto Morbeck.
Operação
Os investigadores apontam que o suposto esquema de venda de decisões judiciais consistia na legalização de terras griladas no oeste da Bahia. A organização criminosa investigada contava ainda com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.