Faroeste: magistrados tentam evitar aprovação da delação da desembargadora Sandra Inês
Ela está presa sob acusação de envolvimento em um esquema de venda de sentenças
Foto: Divulgação
A possibilidade da aprovação da delação da desembargadora Sandra Inês, presa na Operação Faroeste em março do ano passado, tem feito com que magistrados se movimentem para evitar o aval pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações são da Folha de S.Paulo.
Entre os magistrados está a juíza Nartir Weber, presidente da Associação de Magistrados da Bahia (Amab), entidade que representa os juízes da Bahia.
Sandra Inês foi presa sob acusação de envolvimento em um suposto esquema de venda de sentenças para grileiros na região oeste da Bahia. A movimentação dos magistrados se dá pela possibilidade da desembargadora envolver outras autoridades baianas, incluindo advogados que intermediavam os subornos. O filho de Sandra Inês, o advogado Vasco Rusciolelli, também foi preso suspeito de ser o operador financeiro do esquema.
Os dois firmaram um acordo de delação premiada. No entanto, os termos ainda estão sob sigilo e a validade do processo ainda depende de homologação do ministro do STJ, Og Fernandes, relator do caso.
Atualmente, Sandra Inês cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Ao todo, oito desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e três juízes já foram afastados do cargo. Três desembargadoras estão presas preventivamente.