Fecomércio-BA: vendas no mês do Natal na Bahia devem bater recorde dos últimos 10 anos
Segundo o levantamento, a alta anual de 5% colocará o varejo do Estado em seu melhor resultado desde 2011
Foto: Reprodução/G1
Durante o mês do Natal, em dezembro, o comércio varejista da Bahia pode chegar a faturar 12,1 bilhões de reais. Esse é período mais importante para o setor no ano. Como mostra projeções da Fecomércio-BA, a alta anual de 5% colocará o varejo do Estado em seu melhor resultado desde 2011, quando iniciou a série deste levantamento pela Entidade, com base nos dados do IBGE.
“Quando comparado com o período pré-pandemia, dezembro de 2019, a alta projetada é um pouco menor, de 1,3%. Lembrando que os dados não são restritos as vendas do evento em si, mas do período em que envolve o Natal. Até porque é uma data comemorativa que influencia em todos os segmentos do comércio”, diz o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
De acordo com a estimativa da Federação, o setor deve apresentar maior crescimento no mês em vestuário, tecidos e calçados, 16,8%. Geralmente, esse segmento registra maior número de procura para compras de presentes, segundo sondagens históricas para esta época.
Ainda de acordo com o levantamento, os eletrodomésticos e eletrônicos devem registrar alta de 2,3% na comparação anual, com o segundo maior faturamento do mês, de R$ 2,3 milhões. “Muitos consumidores estão aproveitando a Black Friday para antecipação de compra de produtos dessas atividades. Mas ainda há muitas oportunidades em dezembro para aquisição de produtos como celulares, televisores etc”, afirma Dietze.
Além disso, Dietze diz que “mesmo que haja preços não tão em conta, os consumidores estão precisando cada vez mais de eletrônicos, pois a pandemia mostrou a possibilidade do trabalho remoto, ou seja, conectividade a distância através do celular e computador”.
Os supermercados também apresentaram expectativas positivas e a projeção é que haja um crescimento anual de 5,3%, ante uma base forte que foi dezembro de 2021.
“Da mesma forma como citado no setor de vestuário, da volta dos eventos sociais, é importante ressaltar que este Natal será marcado pelos reencontros familiares pós-pandemia (a pandemia, de fato, não acabou, mas a sensação é de um controle maior por conta da vacinação), demandando mais ceias de Natal, mais alimentação e bebida”, comenta o economista.
Os dados previstos para dezembro são favoráveis. São esperados 110 mil empregados formais a mais que o ano passado, que deve contribuir na maior injeção do 13º salário para as compras de Natal.
“E caso confirme o crescimento de 5%, o setor varejista deve encerrar o ano com alta de 10,3%, uma importante recuperação após o ano de 2020, quando a retração foi de 7%”, afirma o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.