Feminicídio cai em 2021, mas outras violências contra mulheres crescem
As informações foram publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública
Foto: Reprodução/ pexels
O número de vítimas de feminicídio (assassinato de mulheres cometido em razão do gênero) caiu 1,7% no país em 2021, de acordo com informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A análise tem como base informações das secretarias estaduais de segurança pública.
Em 2021, 1.341 mulheres morreram por serem mulheres, enquanto em 2020 o número de vítimas foi 1.354. A taxa de assassinatos por 100 mil mulheres era de 1,3 e passou a 1,2, uma queda de 1,7%.
A queda no índice vem acompanhada do crescimento de outros tipos de violência contra mulheres: houve aumento das denúncias de lesão corporal dolosa e das chamadas de emergência para o número das polícias militares, o 190, ambas no contexto de violência doméstica, assim como aumento dos casos notificados de ameaça (vítimas mulheres). A quantidade de medidas protetivas de urgência solicitadas e concedidas também aumentou.
Feminicío
- Companheiro ou ex-companheiro: 81,7%
- Desconhecido: 3,8%
- Outros: 14,4%
Demais Mortes Violentas Intencionais
- Companheiro ou ex-companheiro: 3,1%
- Desconhecido: 82,7%
- Outros: 14,3%
O Anuário também aponta que o principal instrumento empregado nos feminicídios são armas brancas (50%), seguido de armas de fogo (29,2%). As proporções diferem das dos demais homicídios contra mulheres, que tem a arma de fogo (65%) como principal instrumento, seguido pela arma branca (22,1%).
A pesquisa aponta ainda que a maior parte dos feminicídios ocorre dentro da residência da mulher (65,6%), porcentagem que cai para 32,1% quando observados as demais mortes violências intencionais — a maior parte desses crimes ocorre em vias públicas (37%).