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Política

Fernando Francischini, primeiro deputado condenado por fake news, tenta reverter decisão no STF

Francischini foi cassado por difundir notícias falsas sobre as urnas eletrônicas

Por Da Redação
Ás

Fernando Francischini, primeiro deputado condenado por fake news, tenta reverter decisão no STF

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Primeiro parlamentar condenado por disseminar fake news, o ex-deputado estadual Fernando Francischini agora vai tentar reverter a decisão que tirou seu mandato e o fez inelegível por 8 anos no Supremo Tribunal Federal (STF), diz a revista Veja. Francischini foi condenado em outubro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recorreu, mas viu a Justiça negar todas os recursos que apresentou à Corte Eleitoral até aqui.

Fernando perdeu o mandato por ter difundido notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Sem ter provas, o ex-congressista disse que as urnas estavam fraudadas para impedir a vitória de Bolsonaro – de quem era aliado – nas eleições de 2018. Francischini era um dos políticos mais vistos ao lado do então candidato do PSL na campanha presidencial daquele ano. Na época da cassação, Bolsonaro chegou a classificar a atitude do TSE como “estupro”.

O discurso de colocar em dúvida a eficiência do sistema eleitoral brasileiro e que culminou na cassação de Francischini é bastante semelhante ao que vem sendo adotado por Bolsonaro nos últimos meses. As críticas às urnas viraram, inclusive, um dos principais motivos que fizeram azedar a relação entre o Planalto e o STF durante a atual gestão.

A ministra Cármen Lucia já havia sido sorteada pelo STF para ser a relatora do recurso. Mas a defesa do ex-parlamentar voltou a acionar a Corte, alegando que esse tema já estava sendo analisado por Kassio Nunes Marques, em outro recurso apresentado pelos advogados de Fracischini em fevereiro de 2022.

Nesta semana, o presidente do STF, Luiz Fux, acolheu os apontamentos feitos pela defesa do ex-deputado e determinou pelo encaminhamento de todo o processo para Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro à cadeira no STF e considerado um dos ministros mais alinhados ao governo. 

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