Saúde

Fertilização in vitro pode prevenir doenças hereditárias

Técnica é frequentemente associada ao Teste Genético Pré-Implantacional (PGT), que examina os embriões em busca de mutações específicas

Por Da Redação
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Fertilização in vitro pode prevenir doenças hereditárias

Foto: Reprodução/iStock/Getty Images

Há quatro décadas e meia, nascia o primeiro ser humano por meio da fertilização in vitro (FIV), um marco na assistência à reprodução e na realização dos sonhos de casais que enfrentam a infertilidade. Hoje, os avanços nessa área não apenas auxiliam na concepção, mas também oferecem uma chance de prevenir a transmissão de doenças genéticas graves aos descendentes. Com a crescente compreensão da genética, muitos pais descobrem ser portadores de mutações associadas a distrofia muscular, fibrose cística, anemia falciforme, câncer de mama, doença de Huntington, Alzheimer, entre outras condições hereditárias.

Diante disso, optam pela fertilização in vitro, um processo no qual os óvulos da mãe são colhidos e combinados com espermatozoides. Essa técnica é frequentemente associada ao Teste Genético Pré-Implantacional (PGT), que examina os embriões em busca de mutações específicas. Apenas os embriões livres dessas alterações são então implantados na mãe.

No Brasil, a biópsia embrionária para o PGT é realizada em quase metade dos casos de FIV, com uma precisão de mais de 99%. Quando uma alteração é detectada, ela é confirmada, garantindo que o embrião possua aquela mutação cromossômica ou genética. Os embriões carregam informações genéticas que podem ou não se manifestar. No entanto, para evitar a perpetuação de mutações genéticas prejudiciais, a reprodução assistida se torna uma ferramenta crucial.

Apesar do PGT estar em uso há mais de duas décadas para detectar anomalias genéticas, ainda gera debates entre aqueles que questionam a interferência na vida da futura criança. É importante ressaltar que o teste genético não permite a seleção do sexo, cor dos olhos ou cabelo do bebê.

Uma exceção, permitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), é nos casos de doenças ligadas ao gênero, como a hemofilia. Nestas situações, é possível escolher o embrião com o sexo não portador do gene, evitando a transmissão da condição. Essas técnicas não são apenas utilizadas para identificar condições críticas na infância, mas também problemas de saúde que podem se manifestar décadas mais tarde, como algumas formas de Alzheimer.

Os testes genéticos pré-implantacionais desempenham um papel crucial na identificação de problemas cromossômicos ou mutações genéticas específicas. A seleção de um embrião livre da doença ou mutação conhecida oferece esperança de que ele se desenvolva plenamente, tornando-se um bebê saudável.

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