FGV aponta redução de preços na cesta de Páscoa em relação ao ano passado
Aumento foi de 3,93% nos últimos 12 meses ante 9,18% de inflação entre abril de 2021 e março deste ano
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com Matheus Peçanha, economista e pesquisador do Ibre/FGV, este ano, os produtos hortifrutigranjeiros assumiram o protagonismo da inflação, devido às monções de 2022 e o fim da seca. Entre os produtos que mais subiram, o economista destacou os relacionados aos hortifruti, proteínas e importados, como couve (21,50%), batata-inglesa (18,43%), sardinha em conserva (16,44%), azeite (15,63%), azeitona em conserva (14,38%) e bacalhau (11,50%).
O arroz, que subiu 60,83% nos últimos 12 meses, mostrou deflação de 12,20% na Páscoa deste ano. Segundo Peçanha, se o grão fosse retirado da cesta, a inflação dos itens de Páscoa seria superior ao IPC-M, alcançando 9,79%. O economista chamou a atenção para os ovos e colombas de Páscoa, que não estão contemplados no IPC, mas devem ser pressionados pela época.
Registros da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apurados pela CNC, mostram que o bacalhau teve queda de 17% nas quantidades importadas frente à Páscoa de 2021. Com isso, o preço caiu 3%, contra a alta de 3,3% verificada em igual período do ano passado. Já a quantidade importada de chocolates somou este ano 1,43 mil toneladas, com expansão de 8% em relação ao ano passado.