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Fim da escala 6x1: saiba quais trabalhadores são mais beneficiados se proposta for aprovada

A carga horária, hoje, assegura ao trabalhador um expediente não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais

Por Da Redação
Ás

Fim da escala 6x1: saiba quais trabalhadores são mais beneficiados se proposta for aprovada

Foto: Reprodução/pexels

A possibilidade de fim da escala de trabalho 6x1 deve atingir de maneira mais direta algumas categorias específicas da economia, que somam dezenas de milhões de trabalhadores. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), iniciada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), vem mobilizando as redes sociais nos últimos dias.

Ao propor a mudança, a parlamentar encabeçou a bandeira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes no ano passado. Rick Azevedo, o fundador, foi eleito o vereador mais votado do PSOL na cidade do Rio. Na proposição protocolada no Congresso no Dia do Trabalhador, 1º de maio, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas.

A carga horária estabelecida pelo artigo 7º da Constituição Federal, hoje, assegura ao trabalhador um expediente não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. A PEC sugere no texto inicial que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Isso permitiria que o país adotasse o modelo de quatro dias de trabalho.

A advogada trabalhista e especialista em Direito Sindical, Maria Lucia Benhame, explicou ao jornal 'O Globo' que a escala 6x1 atinge principalmente trabalhadores do comércio e de alguns setores de serviços, como de hotéis, bares e restaurantes, com jornada de 7h20 de trabalho em seis dias e um dia de folga.

Só no comércio são 10,5 milhões de trabalhadores, o segundo setor que mais emprega no país, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em outros setores, como a indústria e áreas como saúde, telemarketing, logística e segurança patrimonial, a jornada é por escala específica, que varia caso a caso.

A proposta precisa do apoio de ao menos 171 assinaturas de parlamentares para ser discutido na Câmara e no Senado, já que setrata de uma mudança na Constituição. Segundo a equipe de Erika, até domingo o apoio ao texto subiu para cerca de 100, em meio à popularização do tema nas redes sociais e à pressão sobre deputados.

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