Fim do horário de verão foi "enorme irresponsabilidade" afirma o ministro
Extinção da medida foi tomada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foto: Arquivo/Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (19) que o fim do horário de verão em 2019 foi uma "enorme irresponsabilidade". A extinção da medida foi tomada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Em 2019, por uma imensa irresponsabilidade, sem nenhuma base científica, foi suspenso esse sistema de segurança energética. Consequentemente, em 2021 estivemos à beira de um colapso, e isso custou ao povo brasileiro um empréstimo de R$ 5 bilhões”, afirmou o ministro ao explicar que isto significou uma tarifa mais cara no serviço.
A fala do ministro foi durante uma entrevista coletiva, logo após ele receber técnico com a recomendação, por parte do Opernador Nacional do Sistema (ONS), com a recomendação de retorno do horário de verão, que consiste em adiantar os relógios em uma hora.
Antes, a medida vigorava de outubro de um ano a fevereiro do outro. O retorno do horário de verão tem sido discutido nas últimas semanas como uma resposta à baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas em função da severidade e do prolongamento da estigagem no Brasil.
O Ministério de Minas e Energia (MME), mais cedo afirmou via assessoria de imprensa, que os estudos e a recomendação ONS para o retorno do horário de verão serão discutido com ouros setores do governo federal, inclusive, com a Justiça Eleitoral. A decisão caberá ao Executivo Federal, ou seja, ao presidente da República, Luiz Inácio da Silva.
Silveira afirmou ainda que, pelo menos até o início da próxima semana, não deve haver uma definição, pois neste período, a equipe estará trabalhando em análises. “No setor elétrico não há de se haver, em momento nenhum, negligência.” E disse ainda que a questão do preço é levada em conta. “Estamos nos reunindo para tomar medidas necessárias. O grande desafio do setor elétrico é segurança energética com a menor tarifa”, pontuou o ministro.