Finlândia e Suécia assinam protocolo de adesão à Otan
As propostas de adesão ainda serão enviadas às capitais dos países membros para aprovações legislativas
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Foto: Conny Nilsson por Pixabay|Merja Partanen por Pixabay
Os 30 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assinaram nesta terça-feira, 5, os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia. As propostas de adesão ainda serão enviadas às capitais dos países membros para aprovações legislativas – podendo enfrentar problemas políticos na Turquia.
“Este é realmente um momento histórico para a Finlândia, para a Suécia e para a Otan”, disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.
O protocolo significa que Helsinque e Estocolmo podem participar de reuniões da Otan e ter maior acesso à inteligência, mas não serão protegidos pela cláusula de defesa da Otan de que um ataque a um aliado é um ataque contra todos até a ratificação. Esse processo provavelmente levará até um ano.
“Obrigado por seu apoio! Agora começa o processo de ratificação por cada um dos aliados. Esperamos trabalhar juntos para garantir nossa segurança coletiva”, disse a ministra sueca das Relações Exteriores, Ann Linde, no Twitter.
Entretanto, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, alertou na quinta-feira passada em uma cúpula da Otan em Madri que a Finlândia e a Suécia devem primeiro manter as promessas feitas à Turquia em um acordo ou a ratificação não será enviada ao parlamento turco.
Após semanas de diplomacia, Erdogan e seus homólogos finlandês e sueco concordaram com uma série de medidas de segurança para permitir que os dois países nórdicos superassem o veto turco que Ancara impôs em maio devido a suas preocupações com o terrorismo.
De acordo com o memorando assinado, a Finlândia e a Suécia se comprometeram a não apoiar os grupos militantes curdos PKK e YPG ou a rede do clérigo americano Fethullah Gulen, que Ancara diz ter encenado uma tentativa de golpe em 2016 e que rotula uma organização terrorista com a sigla FETO.