Fiocruz divulga Boletim InfoGripe com panorama da SRAG no Brasil
Estudo aponta sinal moderado de queda de novos casos, exceto em crianças e adolescentes
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nessa quinta-feira (20), o novo Boletim InfoGripe, apresentando uma análise detalhada da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no cenário nacional. Segundo a atualização, há um sinal moderado de queda de novos casos em grande parte das faixas etárias analisadas, exceto nas de crianças pequenas e adolescentes, que ainda apresentam um patamar elevado de novas ocorrências semanais de SRAG.
Os dados referem-se à Semana Epidemiológica 28, de 9 a 15 de julho, e têm como base as informações inseridas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 17 de julho.
Em relação aos estados, o estudo indica que sete deles têm sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas) no agregado nacional: Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Rondônia. É importante destacar que, no Acre e Pará, o aumento está concentrado em crianças e adolescentes, enquanto nos demais estados, o sinal de crescimento é leve e pode estar relacionado a meras oscilações.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (8,7%), influenza B (3,8%), vírus sincicial respiratório (38,5%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,2%). Já entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (15,7%), influenza B (5,2%), vírus sincicial respiratório (13,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (50,7%).
Os dados laboratoriais por faixa etária indicam manutenção na queda ou estabilização dos casos positivos para Sars-CoV-2 em todas as faixas etárias da população adulta. Além disso, já se observam indícios de possível queda ou estabilização nos casos de SRAG associados ao vírus influenza.
No entanto, entre as crianças pequenas, mantém-se o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), com sinal de interrupção na tendência de alta em estados do Norte e Nordeste, exceto Acre e Pará, que ainda apresentam sinal de aumento. No Rio Grande do Sul, na Região Sul, observa-se estabilização em patamar elevado.