Fiocruz e Opas lançam chamada pública de projetos em comunicação comunitária
Serão selecionados até 15 projetos, de todo o Brasil, e cada um será financiado com até R$ 45 mil
Foto: Dean Moriarty por Pixabay
A Fiocruz lançou uma chamada pública de projetos de comunicação popular e comunitária para emergências sanitárias e suas consequências, por meio de uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). As organizações e coletivos têm até o dia 19 de setembro para a apresentação de propostas, que devem ser enviadas por formulário eletrônico.
A chamada é voltada a organizações da sociedade civil e coletivos, sem fins lucrativos, com histórico de atuação junto a populações vulnerabilizadas, e que se organizam predominantemente a partir de trabalho voluntário. Serão selecionados até 15 projetos, de todo o Brasil, e cada um será financiado com até R$ 45 mil.
A Fiocruz informou que os projetos devem estar relacionados às seguintes áreas de interesse: enfrentamento da Covid-19 e suas consequências, por meio de ações para promoção da saúde e acesso a políticas públicas e direitos; estímulo à vacinação; combate às fake news; segurança alimentar; saúde mental; vigilância em saúde; geração de renda; e diversidade sociocultural.
As propostas devem deixar evidente a relação da área de interesse com a comunicação, e ser executadas e concluídas até março de 2023. Ao longo do processo, os responsáveis pelos projetos selecionados participarão de oficinas de trocas de experiências sobre variados temas em comunicação em saúde, e contarão com o apoio de assessores sociotécnicos no desenvolvimento de seus projetos.
Cada projeto apresentado será avaliado de acordo com cinco critérios: representatividade e legitimidade, conforme o histórico de envolvimento do proponente com a população e o território; inovação (ou originalidade e criatividade do projeto, sua metodologia e ações propostas); viabilidade, que se refere à adequação do orçamento às atividades a serem realizadas e aos resultados previstos; e reaplicabilidade, entendida como o potencial que o projeto tem de ser adaptado ou recriado em outros contextos.
O quinto critério é a diversidade, o que significa que os projetos devem atender às demandas de grupos historicamente vulnerabilizados na sociedade brasileira, como mulheres, não brancos, jovens, pessoas com deficiência, população em situação de rua, migrantes e refugiados, ou pessoas LGBTQIA+. A chamada pública selecionará pelo menos um projeto de cada região do Brasil.
Inscrição
No formulário de inscrição, além dos documentos da organização ou coletivo, o proponente deverá preencher resumo do projeto, justificativa, público prioritário a que se destina, objetivos, metodologia, resultados esperados, cronograma e orçamento detalhado, entre outras informações. Mesmo grupos sem personalidade jurídica poderão participar da chamada, desde que estejam representados por outra organização sem fins lucrativos juridicamente constituída (com CNPJ e emissão de nota fiscal). Todas as instruções podem ser conferidas na chamada pública disponível aqui.
Para incentivar a participação das organizações e coletivos, no próximo dia 12 de setembro, às 14h30, será realizado um encontro virtual com todos os interessados. A programação inclui uma oficina de elaboração de projetos e um momento para esclarecimento de dúvidas sobre a chamada pública. A atividade será virtual, no canal do YouTube da VideoSaúde da Fiocruz.