Fiocruz testa tecidos que podem ser 99% eficazes contra doenças causadas por vírus
Objetivo é diminuir a disseminação do sarampo, gripe, rubéola e Covid-19

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Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com membros do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), testam novos tecidos que prometem filtrar até 99% das partículas virais. A ação, segundo os cientistas, tem o objetivo de diminuir a disseminação de diversas doenças. Dentre elas, sarampo, gripe, rubéola e Covid-19.
Em relação ao novo coronavírus, o pesquisador Raphael Bergamini ressaltou que os tecidos são uma barreira a mais, mas que não impedem que o vírus se espalhe. “Nós observamos o surgimento de novas variantes da cepa e sabemos que o vírus sofre novas mutações o tempo todo. O tecido é mais um meio de se proteger. Logicamente, uma coisa não subtrai a outra e além da vacina, estes têxteis se transformam em mais uma arma para lutarmos contra esse vírus”, disse.
A testagem acontece no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade técnico-científica da Fiocruz, localizada no Rio de Janeiro. Os estudos tiveram início em fevereiro e devem durar até dezembro de 2021, com possibilidade de prorrogação de prazo.
No primeiro momento, os tecidos avaliados pelos pesquisadores da Fiocruz serão destinados à confecção de novas máscaras, jaleco, avental médico e vestimentas para os profissionais de limpeza que trabalham em unidades hospitalares. A ideia é ampliar para que a indústria têxtil possa fabricar em larga escala para a população em geral, posteriormente. De acordo com a Fiocruz, pelo menos dez companhias privadas já se comprometeram a fabricar tecidos resistentes contra a Covid-19 desenvolvidos pelos pesquisadores.