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Política

‘Fiquei assustado’, diz Lula com afirmação de Maduro sobre ‘banho de sangue’ na Venezuela 

Presidente venezuelano disse que haveria guerra civil no país caso ele não seja eleito 

Por Da Redação
Ás

Atualizado
‘Fiquei assustado’, diz Lula com afirmação de Maduro sobre ‘banho de sangue’ na Venezuela 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou ter ficado assustado com a declaração do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que ocorreria um "banho de sangue" no país caso ele não seja reeleito nas eleições que acontecem no domingo (28).

"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula, segundo a agência Reuters.

A entrevista do presidente aconteceu nesta segunda-feira (23), no Palácio da Alvorada, a jornalistas de agências internacionais, mas o governo ainda não divulgou a gravação completa. 

Segundo Lula, o Brasil vai enviar observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar o processo eleitoral do país vizinho.

O presidente destacou que já falou com Maduro duas vezes que a Venezuela precisa ter um processo eleitoral “respeitado por todo o mundo” para que o país possa “voltar à normalidade”. 

"Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático", acrescentou o presidente. 

As falas de Maduro 

Na última quinta-feira (18) durante um comício na capital Caracas, Maduro disse que haveria uma “guerra civil” e um “banho de sangue” na Venezuela caso ele não seja reeleito.

A Venezuela realizará eleições no próximo domingo, 28 de julho, mas há dúvidas com relação a lisura do pleito. Maduro tenta o terceiro mandato consecutivo e concorre com Edmundo González, que foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina Yoris, principal candidata, ter sido impedida de concorrer às eleições presidenciais.

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