FJI: Relatório aponta que assassinatos de jornalistas chegaram a 5ª maior posição desde 1990
Em 2021, foram registradas 18 mortes a menos do que no ano anterior

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Na última quarta-feira (9), a Federação Internacional de Jornalista (FIJ) publicou a 31ª edição do relatório anual, que trás dados de jornalistas e funcionários da mídia, mortos em incidentes relacionados ao trabalho no ano de 2021.
O dossiê detalha as circunstâncias de 47 assassinatos, ocorridos durante situações de bombardeio, ataques direcionados, incidentes de fogo cruzados e mortes acidentais.
O número de mortos bateu a 5ª maior posição desde que os relatórios começaram a ser produzidos pela FIJ, no ano de 1990. O número total de jornalistas e trabalhadores da mídia que perderam suas vidas exercendo o ofício subiu para 2.725. Em 2021, foram registradas 18 mortes a menos do que no ano anterior.
A FIJ também informou que as ameaças contra os jornalistas e a liberdade de imprensa registraram um número significativo.
O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, responsabiliza as autoridades pela inexistência de um processo de justiça com credibilidade para punir os criminosos. Ele defende o estabelecimento de uma convenção pelas Nações Unidas para garantir a segurança de jornalistas.
” Essa falha deve ser corrigida por meio de cooperação internacional, com mecanismos estabelecidos sob essa convenção para assegurar transparência, justiça e respeito à lei”.
Quando se trata de jornalistas mulheres, pelo menos sete foram mortas no curso de seu trabalho em todo o mundo. O Afeganistão é o país que apresenta a maior taxa.
Em 2021, a FIJ criou o Fundo para Jornalistas em Perigo, que já pagou mais de 90.000 Euros para ajudar profissionais da área a se mudar para um local seguro, receber tratamento médico ou pagar assistência jurídica.