"Foi uma verdadeira armação para incriminar um capitão da Polícia Militar", afirma Frederick Wassef
O advogado da família Bolsonaro disse que o ex-capitão da PM-RJ, Adriano da Nóbrega foi vítima de "sequestro, tortura e assassinato"
Foto: Reprodução | CNN Brasil
O advogado do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, disse em entrevista ao CNN Brasil nesta segunda-feira (27), que o capitão e ex-policial militar do Rio de Janeiro, Adriano da Nóbrega foi "sequestrado, tortura e assassinado" durante uma operação da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) que matou o ex-agente em fevereiro deste ano no município de Esplanada.
Segundo Wassef, Adriano da Nóbrega não possui nenhum tipo de condenação na Justiça criminal e a morte dele teria sido uma "armação" para ligá-lo a Fabrício Queiroz, policial militar e ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro e, consequentemente ao presidente Jair Bolsonaro.
"O capitão Adriano, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, não tem uma única condenação na justiça criminal. Até o seu assassinato recente, era um homem que existia apenas uma condenação penal na qual ele figurava como denunciado. Eu desafio que vazem o processo do capitão Adriano como criminosamente vazam de forma reiterada o processo em que Flávio Bolsonaro é vítima de denunciação caluniosa com imputações criminosas e crimes que ele jamais praticou", afirmou o advogado.
O advogado também revelou que possui fotos e documentos que comprovam a tortura de Adriano, declaração que desmente a afirmação da PM-BA de que Adriano teria sido atingido durante um confronto. Ele também justificou a possível armação contra Adriano pelo fato da mulher do ex-capitão ter denunciado ameaças de morte ao marido para a revista Veja e revelou que há indícios de que o crime teria sido encomendado pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
"O capitão Adriano, saibam todos, foi sequestrado na Bahia, foi torturado e foi assassinado. Eu desafio e gostaria que a Polícia Federal investigasse o homicídio do Capitão Adriano. Eu tenho fotos, que em breve eu vou colocar em público, [..] que vão mostrar que esse cidadão estava sentado em uma cadeira quando tomou três coronhadas de revólver na cabeça. [...] Vou provar que os tiros vieram de cima para baixo e de baixo para cima. Não houve confronto. Não houve tiroteio".
O advogado completou dizendo "Nós temos inúmeras provas de um homicídio qualificado, levado à cabo, por agentes públicos de dois estados. Nós temos a viúva que disse claramente do que se trata. Nós temos a revista Veja que diz naquela matéria. Estou dizendo aqui o que está escrito na revista Veja: que o governador do Rio de Janeiro teria encomendado esse crime", afirmou Wassef.