Fontes de medalhas para o Brasil, Judô, Vôlei e Atletismo chegam a Paris com fortes candidatos ao pódio

O Brasil é conhecido mundialmente como o “país do futebol”. As cinco copas do mundo, os grandes craques, os clubes tradicionais e suas torcidas apaixonadas mostram que o país faz jus ao posto. 

No entanto, quando o assunto é conquistas de medalhas em Olimpíadas, onde a seleção de futebol masculina conquistou o ouro nas últimas duas edições, mas não garantiu vaga para os jogos de Paris, fica claro que nem só de glórias futebolísticas vive o esporte brasileiro.  

Nas 23 edições dos Jogos Olímpicos de Verão, o Brasil conquistou 150 medalhas, sendo  37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. Essas conquistas vieram de modalidades 19 diferentes e fazem do país o melhor sul-americano na história dos jogos. 

Judô e vôlei (de quadra e praia) com 24, vela e atletismo, com 19, e natação com 15 são os esportes que mais trouxeram medalhas para o Brasil. Em Paris, a delegação brasileira conta com atletas postulantes ao pódio nessas modalidades e que podem, mais uma vez, trazer felicidade para o país.  

Confira um histórico abaixo dessas modalidades e como chegam os brasileiros em Paris 2024: 

Judô 

Quando começa a disputa do Judô nos Jogos Olímpicos, os olhos dos brasileiros voltam para os tatames, já que o esporte sempre é fonte de medalhas. Os 24 pódios conquistados pelo Brasil fazem do país o décimo que mais subiu ao pódio nos jogos. 

A primeira medalha veio nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, com Chiaki Ishii, judoca japonês naturalizado brasileiro, que conquistou o bronze. Nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, foram dois bronzes, com  Daniel Cargnin e Mayra Aguiar. 

Veja os brasileiros medalhistas do judô nas Olimpíadas:

Ouro: Aurélio Miguel (1988), Rogério Sampaio (1992), Sarah Menezes (2012), Rafaela Silva (2016);

Prata: Douglas Vieira (1984), Tiago Camilo (2000), Carlos Honorato (2000);

Bronze: Chiaki Ishii (1972), Luís Onmura (1984), Walter Carmona (1984), Henrique Guimarães (1996), Aurélio Miguel (1996), Leandro Guilheiro (2004), Flávio Canto (2004), Leandro Guilheiro (2008), Ketleyn Quadros (2008), Tiago Camilo (2008), Felipe Kitadai (2012), Mayra Aguiar (2012), Rafael Silva (2012), Mayra Aguiar (2016), Rafael Silva (2016), Daniel Cargnin (2020) e Mayra Aguiar (2020).

Nas Olimpíadas de Paris, que começam oficialmente na próxima sexta-feira (26), a delegação brasileira terá 13 atletas. A lista conta com grandes nomes como: os medalhistas de bronze nas Olimpíadas, Ketleyn Quadros, Mayra Aguiar, Rafael Silva e Daniel Cargnin, além da campeã olímpica, Rafaela Silva. 

Os outros representantes no judô são: Natasha Ferreira, Michel Augusto, Larissa Pimenta, Willian Lima, Guilherme Schimdt, Rafael Macedo, Leonardo Gonçalves e Beatriz Souza.

 Foto: Wander Roberto/COB

Vôlei 

Ao lado da vela, o vôlei é o esporte com mais medalhas de ouro, são oito. Os 24 pódios ( 11 na quadra e 13 na praia) alçam ao Brasil ao topo de conquistas de medalhas na história das Olimpíadas. 

Nas quadras, a primeira medalha foi de prata e veio em Los Angeles 1984, numa derrota para os Estados Unidos. Já na praia, em Atlanta 1996, na primeira edição que a modalidade integrou os jogos, Jaqueline e Sandra (ouro) e Mônica e Adriana (prata) abriram caminho para tradição brasileira nos jogos. 

Veja as medalhas brasileiras no vôlei:

Quadra

Ouro: Masculino (1992, 2004 e 2016); Feminina (2008 e 2012)

Prata: Masculino (1984, 2008, 2012); Feminino (2020)

Bronze: Feminino (1996, 2000)

Praia  

Ouro: Jaqueline e Sandra (1996), Ricardo e Emanuel (2004), Alison e Bruno (2016)

Prata: Mônica e Adriana (1996), Adriana e Shelda (2000), Adriana e Shelda (2004), Ágatha e Bárbara (2016) José e Ricardo (2000), Márcio e Fábio (2008), Alison e Emanuel (2012)

Bronze: Adriana e Sandra (2000), Juliana e Larissa (2012), Ricardo e Emanuel (2008)

Em Paris, na quadra, a seleção brasileira masculina será comandada pelo histórico Bernardinho. E apesar do ciclo acidentado, a experiência de jogadores como Bruninho e Lucão, alinhada com a juventude de Darlan, novo astro da seleção, pode fazer diferença. Os brasileiros estreiam contra a Itália, no próximo sábado (27), às 14h. 

Vindo de uma prata em Tóquio, a seleção feminina chega em busca do tricampeonato olímpico. O elenco, que também alinha experiência e juventude, chega animado pelo desempenho na Liga das Nações deste ano, apesar de não ter conquistado o título. O primeiro desafio será contra na próxima segunda-feira (29), às 8h, contra o Quênia.  

Foto: Wander Roberto/COB

Na praia, o Brasil contará com quatro duplas. As líderes do ranking mundial, Duda e Ana Patrícia; e Carol Solberg e Bárbara são as representantes no feminino. Já André e George, segunda melhor dupla do mundo; e Arthur e Evandro são representantes no masculino.

Vela 

O Brasil também é o país da vela. A modalidade já trouxe 19 medalhas, sendo oito de ouro, o que faz da modalidade a mais vitoriosa do país. A primeira medalha, porém, foi um bronze, com Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes nos Jogos da Cidade do México 1968. 

Os destaques do esporte são Robert Scheidt e Torben Grael, dono de cinco medalhas, e a dupla bicampeã olímpica, Martine Grael e Kahena Kunze, que vão em busca do tricampeonato. 

Veja todos os medalhistas brasileiros na vela:

Ouro: Alexandre Welter e Lars Björkström (1980), Marcos Soares e Eduardo Penido (1980), Robert Scheidt (1996), Torben Grael e Marcelo Ferreira (1996 e 2004), Martine Grael e Kahena Kunze (2016 e 2020).

Prata: Torben Grael, Daniel Adler, Ronaldo Senfft (1984), Robert Scheidt (2000), Robert Scheidt e Bruno Prada (2008). 

Bronze: Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes (1968), Reinaldo Conrad e Peter Ficker (1976), Lars Grael e Clinio Freitas (1988), Torben Grael e Nelson Falcão (1988), Lars Grael e Kiko Pelicano (1996), Torben Grael e Marcelo Ferreira (2000), Fernanda Oliveira e Isabel Swan (2008), Robert Scheidt e Bruno Prada (2012).

A delegação brasileira contará com 12 atletas: Gabriella Kidd, Isabel Swan, Kahena Kunze, Marina ArndtMartine Grael,  Bruno Fontes, Bruno Lobo, Gabriel Simões, Henrique Haddad
João Siemsen, Marco Grael e Mateus Isaac.

Foto:Miriam Jeske/COB

Atletismo 

Na disputa do atletismo, um dos esportes mais tradicionais dos jogos, o Brasil já faturou 19 medalhas, sendo 5 de ouro, 3 de prata e 11 de bronze. Na última edição dos jogos, em Tóquio, foram dois bronze, com Alison dos Santos (400m com barreiras) e Thiago Braz (salto com vara). 

O atletismo conta com nomes históricos do esporte brasileiro como: Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo, e Vanderlei Cordeiro de Lima, que conquistou a medalha de bronze na maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.

Veja as medalhas brasileiras no Atletismo: 

Ouro: Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956), Joaquim Cruz (1984), Maurren Maggi (2008), Thiago Braz (2016).

Prata: Nelson Prudêncio (1968), Joaquim Cruz (1988), André Domingos, Claudinei Quirino, Édson Luciano, Vicente Lenilson, Cláudio Roberto Souza (2000). 

Bronze: José Telles da Conceição (1952), Nelson Prudêncio (1972),  João Carlos de Oliveira (1976 e 1980), André Domingos, Arnaldo Oliveira, Edson Luciano, Robson Caetano (1996), Vanderlei Cordeiro de Lima (2004), Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno Lins, José Carlos Moreira (2008), Rosemar Coelho, Lucimar de Moura, Thaissa Presti, Rosângela Santos (2008). Alison dos Santos (2020), Thiago Braz (2020). 

Na capital da França, Alisson dos Santos, o Piu, e Caio Bonfim são as principais esperanças de medalha para o Brasil. Campeão mundial em 2022, Piu disputará os 400m com barreiras, uma das provas mais esperadas dos jogos pela competitividade. 

Caio Bonfim foi quarto colocado nos Jogos do Rio 2016, e desde 2022, conquistou medalha em todas as competições que conquistou.

Foto: Jonne Roriz/COB

A delegação brasileira terá 43 atletas, sendo 19 no feminino e 24 no masculino.

Delegação feminina: Ana Azevedo (100m; 200m), Ana da Silva (Arremesso de peso), Andressa Morais (Lançamento de disco), Chayenne Pereira (400m c/barreira), Eliane Martins (Salto em distância), Erica Sena (Marcha Atlética 20km), Flavia de Lima (800m), Gabriela Muniz (Marcha Atlética 20km), Gabriele Sousa (Salto triplo), Izabela da Silva (Lançamento de disco), Jucilene Sales (Lançamento de dardo), Juliana Campos (Salto com vara), Lissandra Martins (Salto em distância), Lorraine Martins (200m), Tatiane Raquel (3000m c/obstáculos), Tiffani Marinho (400m), Val Martins (Salto em altura), Vitória Rosa (100m), Viviane Lyra (Marcha Atlética 20km; Revezamento misto).

Delegação masculina: Alison dos Santos (400m c/ barreira; 4 x 400m), Almir Jr. (Salto triplo), Caio Bonfim (Marcha Atlética 20km; Revezamento misto), Daniel Nascimento (Maratona), Darlan Romani (Arremesso de peso), Douglas Mendes (4 x 400m), Eduardo Rodrigues (110m c/ barreira), Erik Cardoso (100m; 4 x 100m, Felipe Bardi (100m; 4 x 100m), Fernando Baloteli (Decatlo), Fernando Ferreira (Salto em altura), Gabriel Garcia (4 x 100m), Jadson Lima (4 x 400m), Lucas Carvalho (400m), Lucas Marcelino (Salto em distância), Lucas Vilar (4 x 400m) Luiz Maurício (Lançamento de dardo), Matheus Correa (Marcha Atlética 20km), Matheus Lima (400m; 400m c/ barreira; 4 x 400m), Paulo André (100m; 4 x 100m), Pedro Nunes (Lançamento de dardo) Rafael Pereira (110m c/ barreira), Renan Gallina (200m; 4 x 200m),Welington Morais (Arremesso de peso).

Natação 

Da natação vieram 15 medalhas brasileiras nos Jogos Olímpicos. A primeira foi conquistada em Helsinque 1952, com o bronze de Tetsuo Okamoto. Já as mais recentes vieram de Tóquio 2020, com os bronzes de Bruno Fratus e Fernando Scheffer. 

Com 4 medalhas, Gustavo Borges é o maior medalhista brasileiro da modalidade. Destaque também para César Cielo, que em Pequim 2008 conquistou o primeiro ouro olímpico da modalidade, e ainda quebrou o recorde dos 50m livre. 

Veja as medalhas brasileiras natação: 

Ouro: César Cielo (2008)
Prata: Ricardo Prado (1984), Gustavo Borges (1992), Gustavo Borges (1996), Thiago Pereira (2012)

Bronze: Tetsuo Okamoto (1952), Manoel dos Santos (1960), Ciro Delgado, Djan Madruga, Marcus Mattioli e Jorge Fernandes (1980), Gustavo Borges (1996), Fernando Scherer (1996), Gustavo Borges, Fernando Scherer, Edvaldo Valério e Carlos Jayme (2000), César Cielo (2008 e 2012), Bruno Fratus (2020), Fernando Scheffer (2020)

A delegação brasileira em Paris será formada por 18 atletas. Terceiro lugar no Mundial de 2022 e dono de três medalhas de ouro no Pan de Santiago 2023, Guilherme Costa (400m) é um dos principais favoritos ao pódio. A Time Brasil também conta com Fernando Scheffer, medalhista de bronze na última edição dos jogos. 

Foto: Alexandre Loureiro/COB

Leia também: Baianos em Paris: Saiba quem são e quando estreiam os atletas do estado nas Olimpíadas