Fora da prisão, Maqueila Bastos diz que empresário sabia de relacionamento entre ela e esposa
Maqueila é investigada por morte de Leandro Troesch
Foto: Reprodução/TV Bahia
Maqueila Santos Bastos, investigada pela morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, deixou a prisão na última sexta-feira (22). Em entrevista à TV Bahia, no início da tarde desta quinta-feira (28), ela afirmou que o empresário assassinado sabia do relacionamento entre ela e a esposa dele, Shirley Silva Figueredo, também indiciada pelo crime.
A defesa de Maqueila alegou que não havia provas contundentes que justifiquem a prisão dela e, por isso, ela teria sido liberada. Na entrevista, Maqueila Bastos negou relação com a morte de Leandro Troesch. "No dia do crime eu não estava lá, eu estava em Salvador, e estive em vários locais, até em médicos. Então, eu não tinha nenhuma ligação com o caso Paraíso Perdido como estão falando", disse.
Nesta semana, o laudo cadavérico do empresário Leandro Troesch apontou que as lesões encontradas no corpo dele "são compatíveis com suicídio". Maqueila confirmou na entrevista, como já havia feito em depoimento à polícia, que teve um relacionamento amoroso com Shirley Silva Figueredo. No entanto, segundo ela, o empresário sabia do relacionamento das duas.
"Tínhamos uma relação amorosa. Isso não é esconder. Nos conhecemos no presídio. Eu tenho uma consideração muito grande pela Shirley. Sempre tive convicção que ela não tinha cometido [o crime de extorsão mediante sequestro] . A relação deles [Leandro e Shirley] era aberta. Eu não tinha muito contato com ele, mas (ela) deu indícios de que (ele) sabia sim da relação da gente. Em nenhum momento ele chegou a comentar comigo", disse Maqueila à TV Bahia.
Caso
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, no dia 25 de fevereiro deste ano. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometidos em 2001.
Nesta semana, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) pediu novas informações e a reconstituição do caso à Polícia Civil, já que os documentos encaminhados pelo delegado Rafael Magalhães, que preside as investigações, são inconclusivos, de acordo com o órgão.
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