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Força Aérea restringe espaço aéreo, poderá derrubar drones e vai usar caças na COP30

Por FolhaPress
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Força Aérea restringe espaço aéreo, poderá derrubar drones e vai usar caças na COP30

Foto: © José Cruz/Agência Brasil

FÁBIO PESCARINI - A FAB (Força Aérea Brasileira) vai fechar parte do espaço aéreo de Belém (PA) durante a realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, restringirá aviões, promete derrubar drones em áreas proibidas e fará reabastecimento de caças equipados com mísseis em pleno voo.

A COP ocorre de 10 a 21 de novembro e será precedida por um encontro de líderes mundiais, nesta quinta (6) e sexta-feira (7) -as restrições aéreas vão até sábado (8).

As ações de defesa aeroespacial foram detalhadas nesta terça-feira (4) em Brasília pelo COMAE (Comando de Operações Aeroespaciais), da Aeronáutica.

Segundo o tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi, responsável pelo comando, a Força Aérea atuará com as aeronaves de caça F-5M -equipadas com mísseis Python 4- e A-29 Super Tucano.

Um decreto publicado pelo governo federal na última quinta-feira (30), com validade até domingo, autoriza pilotos desses caças a, inclusive, derrubar aviões considerados hostis.

Entre outras aeronaves militares serão usados o cargueiro KC-390 Millennium para realizar reabastecimento em voo. "Será um tanque de combustível no ar, fazendo com que o F-5 possa voar o tempo todo", afirma o tenente-brigadeiro.

Os caças da FAB chegaram a Belém na última segunda-feira (3).

Também estarão disponíveis um avião E-99, que que conta com radar para vigilância do espaço aéreo, e helicópteros H-60L Black Hawk para missões de busca e salvamento, além de transporte de equipes para controle de solo.

Conforme o oficial, a Aeronáutica irá operar equipamentos anti-drones em áreas com restrição, como nas proximidades do aeroporto de Belém, para aumentar a segurança da navegação aérea em virtude do aumento no numero de voos por causa da conferência do clima.

"Trouxemos esses equipamentos [para Belém] porque temos um aeroporto muito próximo da cúpula", afirma o oficial Barbacovi.

O decreto também faz restrição do espaço aéreo, com proibição de acesso de aeronaves não permitidas, por exemplo, nas proximidades do centro de convenções do evento.

Na área branca, os aviões deverão ser previamente autorizados.

Já nas áreas amarela e vermelha, é necessário submeter o pedido de autorização especial de voo ao Comando de Operações Aeroespaciais.

Na área amarela não serão permitidas aeronaves remotamente tripuladas, como drones.

Na de supressão, atingindo a um raio de 2 km, do centro de convenções, só poderão entrar ou sair aeronaves cumprindo missões de apoio à vida, também mediante de autorização da Aeronáutica.

"A ativação das áreas ocorrerá 1h antes do início dos eventos da cúpula, até 1h após o final deles", afirma a Força Aérea.

Por causa da conferência do clima, foram feitas reformas na Base Aérea de Belém. Houve, por exemplo, ampliação do pátio operacional. A expectativa é que o local possa receber mais de 80 aeronaves por dia e ampliar a capacidade de estacionamento para dez aviões simultaneamente. A FAB espera cerca de 150 delegações na cidade.

O governo Lula (PT) decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em algumas áreas de Belém durante a conferência. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira.

O texto incluiu também ações das Forças Armadas "em áreas com infraestruturas críticas" nas cidades de Altamira e Tucuruí: entre elas as usinas de Belo Monte e de Tucuruí. A GLO dura até o próximo dia 23.

De caráter excepcional e temporário, a GLO é uma ação militar que reúne as Forças Armadas a partir de ordem do presidente. A medida é aplicada em graves situações de perturbação da ordem, quando há esgotamento das forças tradicionais, e, na prática, autoriza militares a atuar com poder de polícia.

O documento prevê também ações das Forças Armadas nas vias de ida e de retorno das comitivas entre o Parque da Cidade e o Porto de Outeiro, nas vias de acesso e saída entre o aeroporto, a base aérea de Belém e os locais de evento ou de hospedagem. Além disso, as Forças Armadas também atuarão em rios e baías.

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