Forças Armadas negam ter pedido 'acesso diferenciado' na apuração das urnas eletrônicas

O Ministério da Defesa negou, nesta segunda-feira (12), que teria solicitado uma premiação de "”acesso diferenciado” diferenciado" em tempo real aos dados que são enviados para contabilizar votos pelos Tribunais Regionais Eleitorais, numa espécie de apuração paralela. A nota é uma resposta a uma matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, onde informou que as Forças Armadas fariam a apuração paralela com 385 urnas.

Através de nota, as Forças Armadas defenderam que a atuação dos militares acontece em conformidade com a resolução do TSE, e afirmou ainda que tem operado para fiscalizar e legitimar as etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação. 

Confira abaixo a íntegra da nota divulgada:

Brasília (DF), 12/09/2022 - Sobre a matéria veiculada pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 12/9, intitulada “Forças Armadas farão apuração paralela em tempo real com 385 urnas”, o Ministério da Defesa esclarece que, em relação à apuração das eleições 2022, as Forças Armadas não solicitaram qualquer permissão de acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral.

Com base na Resolução nº 23.673-TSE/2021, as Forças Armadas têm atuado como uma das entidades fiscalizadoras, legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação.

Por fim, cabe ressaltar que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação e permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE.