França: Governo quer fim da greve; manifestantes mantêm movimento
A greve paralisa a cidade há 5 semanas
O governo da França considerou que, depois de retirar a medida mais controversa de sua reforma previdenciária, “não há razão” para continuar a greve que paralisa o país há cinco semanas. No entanto, os sindicatos afirmam que o fim do movimento está distante.
Para continuar a negociação, o governo retirou “provisoriamente” no sábado a medida que previa aumentar a idade mínima para uma aposentadoria integral de 62 para 64 anos. O anúncio, feito pelo primeiro-ministro Edouard Philippe no sábado (11), foi bem recebido por alguns sindicatos moderados, mas outros rejeitaram a ideia de que o conflito terminará em breve.
Nas últimas semanas, o governo já fez uma série de concessões para os policiais e militares, bem como para os pilotos e controladores de tráfego aéreo, permitindo que eles continuem se aposentando mais cedo.
A reforma do sistema previdenciário é um dos projetos mais ambiciosos do presidente Emmanuel Macron e inclui a fusão dos 42 regimes atuais, organizados por profissões, e o estabelecimento de um novo sistema de cálculo, único e por pontos.
No sábado, o principal sindicato da oposição, a CGT, e outras associações convocaram uma nova manifestação para a próxima quinta-feira, 16 de janeiro, pela sexta vez desde o início da greve, em 5 de dezembro.
O governo Macron defendia o aumento da idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 como algo necessário diante do aumento da expectativa de vida.
Após 39 dias de greve ininterrupta, a paralisação nos transportes ferroviários é a mais longa desde a criação da companhia ferroviária francesa SNCF em 1938.