Frete marítimo para a China aumenta preço e ameaça atrapalhar exportações de carnes e frutas do Brasil
Bloqueio do Canal Suez pode agravar ainda mais o problema

Foto: Reprodução/ Getty Images
A desorganização dos fluxos do comércio global ocasionada pela pandemia fez com que aumentasse em cinco vezes o preço do frete marítimo entre a China e o Brasil. Agora os custos de importação ameaça atrapalhar as exportações de carnes e frutas. O bloqueio do Canal de Suez, no Egito, pode agravar ainda mais o problema.
O início do problema foi registrado no mês passado com a falta de contêineres refrigerados, essencial para o transportes dos produtos, segundo o executivo da Hamburg Süd, transportadora marítima integrante do grupo dinamarquês, AP Moller-Maersk.
A partir da série histórica do Índice de Frete Conteinerizado de Xangai (SCFI, sigla em inglês), na terceira semana de 2021, o frete entre o Brasil e China estava quatro vezes e meia acima do início de 2020. De lá até a última semana, esse preço teve um alívio de 23%, mas ainda é 405% mais alto que o período do ano passado.
Com o encarecimento do frete para a China, os insumos para fabricar produtos como eletrodomésticos, eletrônicos e roupas também ficam mais caras e o consumidor também paga o preço.
No Brasil, os contêineres refrigerados são usados ??basicamente para exportações de carnes e fruta e, por esse motivo, os transportadores dão preferências para carnes. Os clientes são grandes companhias, como JBS, BRF e Marfrig. Já as frutas têm safra, com picos de produção.