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Bahia

Funcionários de fazenda são resgatados em situação análoga a escravidão em Medeiros Neto

As vítimas desempenhavam atividades na área da pecuária e enfrentavam exaustivas jornadas de trabalho

Por Da Redação
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Funcionários de fazenda são resgatados em situação análoga a escravidão em Medeiros Neto

Foto: MPT-BA

Dois funcionários que estavam em situação de trabalho semelhante a escravidão foram resgatados na última quinta-feira (26) em uma fazenda em Medeiros Neto, no extremo sul da Bahia. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

As vítimas desempenhavam atividades na área da pecuária e enfrentavam exaustivas jornadas de trabalho. Além disso, não contavam com carteira assinada e não recebiam a devida remuneração. O local onde os funcionários viviam tinham péssimas condições de limpeza e conservação.

A operação de resgate também envolveu equipes da Defensoria Pública da União (DPU), da Superintendência Regional do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os dois indivíduos receberam assistência da assistência social do município, que lhes proporcionou moradia, alimentação e cuidados de saúde.

Um dia após o resgate, na quinta-feira (27), o proprietário da fazenda efetuou o pagamento integral da quantia devida aos trabalhadores, conforme calculado pelos auditores fiscais do Trabalho. Também foram providenciados os documentos necessários para que eles possam receber o seguro-desemprego especial por um período de três meses, durante o qual serão auxiliados na busca de uma recolocação digna no mercado de trabalho.

Além disso, o dono da fazenda comprometeu-se, por meio de um acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União, a seguir estritamente as normas trabalhistas ao contratar futuros empregados.

Durante a inspeção, foram identificadas irregularidades relacionadas a outros três trabalhadores da mesma propriedade rural, que também foram beneficiados por um acordo de ajuste de conduta. Apesar de enfrentarem outras irregularidades em seus empregos, eles não estavam submetidos a condições degradantes que se assemelhavam ao trabalho escravo.

Por respeito à privacidade e à integridade das vítimas, que vivem em situação de vulnerabilidade social, os valores pagos não foram divulgados, conforme informou o MPT-BA.
 

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