"Futebol raiz tem que viver": Torcedor do Corinthians se pronuncia sobre cabeça de porco ao estádio
Pedaço do felino causou polêmica ao ser jogado no gramado em clássico contra o Palmeiras
Foto: Bruno Palamin
O torcedor identificado como Osni Fernando Luiz prestou depoimento nessa quarta-feira (6) depois que levou uma cabeça de porco para a Neo Química Arena, em clássico paulista que resultou na vitória do Corinthians contra o Palmeiras de 2 a 0. Ele se apresentou na 6ª Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) e logo foi liberado pelas autoridades.
Em declarações à imprensa, o torcedor explicou por que comprou a cabeça do felino para a partida. Osni, que também se identifica como "Cicatriz", afirmou ter feito uma "provocação sadia".
"Levei a cabeça de porco só para tirar uma foto no estacionamento. Por conta de uma brincadeira, acho que o futebol raiz vive. Só queria brincadeira, momento algum confrontar alguém. Não joguei para dentro do estádio. Tinha bebido, arremessei a cabeça para o setor sul, nada combinado com ninguém", disse o torcedor.
"Eu fui no Mercadão. Brincando no WhatsApp, a gente trocando ideia, a gente viu um monte de faixa de 'sem mundial'. Só que aí a gente pensou que a brincadeira estava velha demais. Pensamos em ir lá para frente da Arena, pegar a cabeça e tirar as fotos. Aí eu falei que ia lá no Mercadão da Lapa ver se tinha a cabeça de porco. Eu paguei pela cabeça de porco", acrescentou.
Mesmo levando o objeto, Osni não tinha a intenção de arremessar o item dentro do estádio. Ele negou ter sido quem atirou o pedaço do animal em direção ao campo.
"Em nenhum momento eu joguei a cabeça para dentro do estádio. Eu tinha bebido na hora que eu arremessei a cabeça de porco lá no setor sul. Eu não tinha combinado nada com ninguém", relatou. "(A cabeça do porco entrou no estádio) quando eu estava bêbado e joguei lá para dentro do estádio, no setor sul. Achei que alguém ia achar e jogar fora. Ou alguém ia achar e ia tirar foto... (Quem jogou) no gramado? Não sei, não. Não sei de nada", concluiu o "Cicatriz".