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Garimpo ilegal de Messer, o doleiro dos doleiros, movimentou R$ 250 milhões na Bahia

Complexo ilegal era instalado em Campo Formoso (BA)

Por Da Redação
Ás

Garimpo ilegal de Messer, o doleiro dos doleiros, movimentou R$ 250 milhões na Bahia

Foto: Reprodução

De acordo com investigações da Operação Marakata, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, o complexo de garimpo ilegal, montado pelo doleiro Dario Messer, em Campo Formoso, no interior da Bahia, ajudou a manter ativo o sistema de dólar-cabo que auxiliou na lavagem de dinheiro de políticos corruptos, como o ex-governador Sérgio Cabral (MDB). As informações são da Folha de S.Paulo. 

Em apenas uma das exportadoras de pedras preciosas que atua na cidade movimentou US$ 44 milhões de 2011 a 2017 (cerca de R$ 250 milhões). 

Na reportagem, a Folha mostrou como as falhas na fiscalização do garimpo e o sucateamento do órgão responsável pela regulação do setor, a Agência Nacional de Mineração (ANM), dificultam o combate a corrupção e lavagem de dinheiro por meio da atividade. 

A Operação Marakata apontou como o garimpo em Campo Formoso acabou sendo uma das peças de funcionamento do banco paralelo montado por Messer, que movimentou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões em valores da época) de 2011 a 2017 envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países. Messer é conhecido como o doleiro dos doleiros.

A investigação teve como base a delação premiada dos sócios minoritários de Messer, Vinicius Claret e Cláudio Barboza, que eram responsáveis por realizar as operações de dólar-cabo.

“O dinheiro em espécie do Cabral era entregue a um doleiro, que fazia uso de uma rede de doleiros para enviar o dinheiro ao exterior. Esse envio só é possível porque outro cliente, de outro doleiro, estava fazendo o movimento inverso e depositando na conta do Cabral lá fora (apesar de não saber disso) para receber em espécie no Brasil. Um crime está intimamente ligado ao outro, são interdependentes”, afirmou o procurador Eduardo El Hage, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio.

Messer está condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo processo Marakata. Ele também firmou delação premiada e confirmou a dinâmica das operações. 

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