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Economia

Gás está mais barato na Europa do que antes da guerra na Ucrânia, apontam analistas

No entanto, estudiosos advertem que o mercado será imprevisível nos próximos meses

Por Da Redação
Ás

Gás está mais barato na Europa do que antes da guerra na Ucrânia, apontam analistas

Foto: Pexels

O preço no atacado do gás natural na Europa está quase cinco vezes mais barato do que em agosto e, nesta segunda-feira (2) caiu para seu nível mais baixo desde a invasão russa da Ucrânia, graças a um inverno suave na região. No entanto, analistas advertem que o mercado será imprevisível nos próximos meses.

O preço de referência do gás natural na Europa é o de 1 megawatt/hora (MWh) para entrega no mês seguinte, negociado no mercado holandês conhecido como TTF.

Nesta segunda, o preço estava em torno de € 73, o mais baixo desde 21 de fevereiro de 2022. O preço no atacado caiu quase 50% em um mês e está muito abaixo dos máximos de agosto de 2022, quando alcançou € 342.

Os preços do gás começaram a subir antes da guerra na Ucrânia, mas dispararam a partir da invasão de 24 de fevereiro de 2022. As exportações de gás da Gazprom para União Europeia e Suíça caíram 55% em 2022, anunciou a companhia russa nesta segunda.

A empresa russa entregou 62 bilhões de m³ à Europa em 2022, frente aos 138 bilhões de 2021, segundo uma estimativa de Thierry Bros, analista do mercado energético e professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris. Nesta segunda, as reservas europeias de gás estavam 83,3% cheias, segundo a Gas Infrastructure Europe.

Incerteza

O preço do gás afeta o custo da eletricidade, já que muitas centrais europeias queimam gás para produzir energia. Mas estas variações de preços no atacado não se refletem diretamente nos preços cobrados aos consumidores, já que os fornecedores suavizam suas tarifas. Em relação ao futuro, os analistas continuam sendo bastante prudentes.

"Se a Europa não receber pelo menos 30 bilhões de m³ de gás russo, será complicado encher as instalações de armazenamento", indica o especialista, que, no entanto, garante que o continente está "melhor preparado" do que no ano passado.

Em janeiro de 2022, antes que o conflito estourasse, as reservas europeias de gás apenas estavam cheias em 54%.
 

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