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Economia

Gastos com juros no setor público atingem R$ 69 bilhões em maio, aponta Banco Central

Despesas com juros representam 6,87% do PIB no acumulado do ano

Por Da Redação
Ás

Os gastos com juros no setor público alcançaram a marca de R$ 69,053 bilhões em maio, após terem registrado um montante de R$ 45,753 bilhões no mês anterior. Os dados, que abrangem as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais (excluindo Petrobras, Eletrobrás e bancos), foram divulgados pelo Banco Central na sexta-feira (30), como parte das estatísticas fiscais.  

No acumulado do ano, as despesas com juros já atingiram R$ 296,596 bilhões, o equivalente a 6,87% do Produto Interno Bruto (PIB). Considerando os últimos 12 meses, o valor da despesa chegou a R$ 695,572 bilhões, correspondendo a 6,77% do PIB.

De acordo com o Banco Central, o governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou despesas com juros de R$ 59,741 bilhões no quinto mês de 2023. Já os governos regionais apresentaram gastos de R$ 8,775 bilhões, enquanto as empresas estatais tiveram despesas de R$ 537 milhões nessa rubrica.

A dívida líquida do setor público, por sua vez, atingiu 57,8% do PIB em maio, totalizando R$ 5,9 trilhões, o que representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior. Essa elevação refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, com acréscimo de 0,7 ponto, do déficit primário, com acréscimo de 0,5 ponto, da desvalorização cambial de 1,9% no mês, que reduziu em 0,2 ponto, e do efeito da variação do PIB nominal, que reduziu em 0,3 ponto.

No acumulado do ano, o aumento de 0,7 ponto na relação entre dívida e PIB decorreu principalmente dos juros nominais apropriados, com aumento de 2,9 pontos percentuais, do efeito da valorização cambial acumulada de 2,3%, com aumento de 0,3 ponto, do crescimento do PIB nominal (redução de 2 pontos), do superávit primário (redução de 0,3 ponto) e do ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (redução de 0,3 ponto).

Já a dívida bruta, que engloba o governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, alcançou 73,6% do PIB, totalizando R$ 7,6 trilhões, com um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. Essa evolução foi resultado dos juros nominais apropriados (acréscimo de 0,7 ponto), das emissões líquidas de dívida (acréscimo de 0,3 ponto) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 ponto).

No acumulado do ano, o crescimento de 0,8 ponto na relação entre dívida bruta e PIB foi especialmente influenciado pelos juros nominais apropriados (acréscimo de 3,4 pontos) e pelo efeito da variação do PIB nominal (redução de 2,5 pontos). Esses números evidenciam o desafio enfrentado pelas contas públicas e a necessidade de medidas para o controle dos gastos e a redução da dívida.

Observação: Essas informações são referentes aos dados divulgados pelo Banco Central e podem estar sujeitas a alterações e atualizações.

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