Gastos do governo federal com medidas de combate ao coronavírus já somam R$ 521,3 bilhões
Dados foram divulgados pelo Ministério da Economia

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O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (2) que o impacto fiscal das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus já somam R$ 521,3 bilhões.O efeito das ações sobre as receitas foi de R$ 12,8 bilhões (perda) enquanto que, nas despesas, vai chegar a R$ 508,1 bilhões.
O número inclui gastos autorizados pelo governo federal e renúncias de receitas, como a isenção de impostos. O valor corresponde ao que foi anunciado e autorizado, mas apenas parte foi efetivamente pago.
Considerando a variação anual do PIB de 6,5% para 2020, o impacto primário das medidas de combate à covid é de 7,5% do PIB.
Segundo o Ministério da Economia, o déficit primário estimado do governo central de fechar o ano em R$ 795,6 bilhões (11,5% do PIB). Já o déficit estimado das empresas estatais é de R$ 2,4 bilhões (0% do PIB) e dos entes subnacionais de R$ 30,6 bilhões (0,4% do PIB). Com isso, o déficit primário do setor público chegaria a R$ 828,6 bilhões (12% do PIB). O levantamento também é destacado que o déficit primário nominal em maio foi de R$ 132,801 bilhões e no acumulado de janeiro a maio de R$ 353,815 bilhões.
De acordo com monitoramento do ministério, o total de gasto previsto com as medidas de combate à Covid-19 de R$ 404,5 bilhões, R$ 211 bilhões foram pagos.
O governo divulgou ainda as novas projeções para a dívida bruta do governo geral (DBGG) e para a dívida líquida do setor público (DLSP). No cenário base, as projeções indicam que a DBGG e a DLSP encerrarão 2020 em 98,2% e 69,9% do PIB, respectivamente.
“Os crescimentos destes indicadores em relação ao ano anterior, de 22,4% e 14,2% do PIB, são os maiores deste século e decorrem principalmente dos efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus”, diz relatório do Tesouro Nacional. “O endividamento público brasileiro alcançará um novo patamar, que exigirá um esforço fiscal no médio prazo ainda maior do que se buscava antes da crise”.