Gelo marinho na Antártida atinge mínimos históricos, afirmam cientistas
A plataforma de gelo é objeto de atenção para os cientistas, já que contém água suficiente para provocar, se derreter, um aumento do nível dos oceanos
Foto: Reprodução/Twitter
O gelo marinho da Antártida chegou, na semana passada, à sua menor extensão em 45 anos de registros por satélites. Como informaram nesta segunda-feira (27) cientistas do Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve (NSIDC, sigla em inglês), da Universidade de Colorado em Boulder, a redução chegou a 1,79 milhão de km² em 21 de fevereiro.
Segundo os norte-americanos, essa área superou em 136.000 km² o mínimo histórico anterior, registrado em 2022. Além disso, alertaram que este último dado é preliminar, já que ainda pode ocorrer um novo degelo no fim da estação.
A plataforma de gelo é objeto de atenção especial para os cientistas, pois contém água suficiente para provocar, se derreter, um aumento catastrófico do nível dos oceanos.
Segundo Ted Scambos, pesquisador do Instituto Cooperativo para o Estudo em Ciências Ambientais (Cires), o aquecimento global pode estar afetando o gelo flutuante. "A tendência à diminuição do gelo marinho pode ser um sinal de que o aquecimento global está, finalmente, afetando o gelo flutuante no entorno da Antártida, mas será preciso esperar vários anos para termos certeza disso."