General Heleno: "presidente desonesto tinha que tomar prisão perpétua"
Em resposta à entrevista de Lula, ministro afirma que Bolsonaro foi eleito e merece respeito
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No já costumeiro café da manhã com jornalistas organizado no Palácio do Planalto nesta manhã, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que o ex-presidente Lula deveria cumprir prisão perpétua. Heleno respondeu às críticas de Lula que disse ontem em uma entrevista concedida em Curitiba, na cadeia onde segue preso, que "o Brasil pariu essa coisa chamada Bolsonaro" e colocou em xeque a facada que atingiu o então candidato, desferida por um militante do PSOL.
Heleno elevou o tom de voz lembrando que Bolsonaro é o "Presidente do poder eleito pelo povo e merece respeito".
As críticas serviram de resposta ao ex-presidente condenado pela justiça que segue preso na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. Ontem, Lula disse na entrevista: "Uma facada que não aparece sangue em nenhum momento, uma facada que o cara que dá a facada é protegido por segurança do Bolsonaro, a faca que não aparece em nenhum momento", questionou. A entrevista foi concedida aos jornalistas Juca Kfouri e José Trajado, declaradamente adeptos da política de esquerda.
Por sua vez, o presidente Jair Bolsonaro lembrou aos jornalistas o respeito em relação ao seu ministro-chefe da GSI. tanto que, no avião presidencial, prefere ficar ao lado do general. “No avião temos um quarto, mas se meu general está sentado, estarei sentado ao lado dele”, completou Bolsonaro no encontro.
Demissão nos Correios
No encontro, Bolsonaro adiantou que irá demitir o presidente dos Correios, o general Juarez Aparecido dos Santos Cunha, por comportamento classificado pelo presidente de "Sindicalista". O presidente da estatal tem feito manifestações contrárias ao plano de privatização dos correios e divulgou fotos ao lado de sindicalistas ligados à empresa. O ministro da Economia Paulo Guedes já afirmou que o governo irá levar adiante a privatização dos Correios que acumularam quatro anos de perdas bilionárias, entre 2013 e 2016, durante os governos de Dilma (PT) e Michel Temer (MDB). Nos últimos dois anos a empresa cessou os prejuízos, mas o lucro atual dos Correios gira em torno de 1% segundo relatório da Controladoria Geral da União. Ainda assim, dívidas de R$ 2,5 bilhões ainda não foram negociadas pela estatal.