General ouvido na CPI critica manifestação em frente ao Quartel-General do Exército
Ex-ministro do GSI considera o ato "situação incômoda" e afirma que não deveria ter sido permitido
Foto: Agência Brasil
O general Marco Edson Gonçalves Dias foi ouvido nesta quinta-feira (22) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Durante seu depoimento, ele criticou a manifestação em frente ao Quartel-General do Exército, classificando-a como uma "situação incômoda" e afirmando que o ato "não deveria ter sido permitido".
Gonçalves Dias ocupava o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República em 8 de janeiro. Após a divulgação de imagens em que ele aparece circulando pelo Palácio do Planalto durante as invasões, acabou solicitando exoneração .
No início de seu depoimento, o militar leu uma nota de defesa na qual destacou alguns pontos que poderiam ser questionados. Ele ressaltou que a permanência do acampamento em frente ao Quartel-General após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva era desconfortável para todos.
"Permanecia, contudo, a situação embaraçosa dos acampamentos de partidários do ex-presidente diante do Quartel-General do Exército, algo que não deveria ter sido permitido e o foi. O governo que assumiu herdou a situação. Ela era incômoda, seja no governo, seja no Comando das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Estávamos decididos a pôr fim àqueles acampamentos."