Gestão Aras ampliou despesas com pagamento de verbas indenizatórias durante a pandemia
Gasto chegou a R$ 123 milhões em 2021
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo dados do Portal da Transparência, a gestão do procurador-geral da República, Augusto Aras, ampliou a despesa com o pagamento de verbas indenizatórias a integrantes do Ministério Público Federal (MPF) durante a pandemia da Covid-19.
Os dados mostram que, em 2021, o gasto chegou a R$ 123 milhões. As informações são da Folha de S. Paulo.
Em relação ao exercício pré-pandemia, o aumento registrado foi de 13%, considerada a inflação do período. Nos anos anteriores, os valores foram de R$ 110 milhões (2020) e R$ 109 milhões (2019). No último ano, mais metade das indenizações quitadas aconteceu em dezembro, somando R$ 79 milhões.
Dentre os beneficiados estão Deltan Dallagnol (R$ 191 mil), que recentemente deixou a instituição, e o próprio Aras (R$ 70 mil).
Segundo a assessoria de Aras, os desembolsos foram autorizados por ele após o aval do conselho de procuradores-gerais de todos os ramos do Ministério Público da União (MPU), colegiado que delibera sobre temas administrativos, incluindo os orçamentários.
Além disso, a PGR afirmou que quitação atende a decisões judiciais e regulamentações do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) anteriores à gestão dele. E que as verbas "pagas de forma excepcional, conforme critérios legais e que seguiram as melhores práticas administrativas" não podem ser consideradas "supersalários".
"Não se tratam de supersalários, penduricalhos ou burla ao teto. São todos pagamentos legais", afirmou o representante dos integrantes do Procuradoria, o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Ubiratan Cazetta.