Gilberto faz dois, Bahia bate Nacional-PAR fora de casa e avança na Sul-Americana

O Bahia está classificado para a 2ª fase da Copa Sul-Americana. O Tricolor venceu o Nacional-PAR por 3 a 1, no estádio Luis Alfonso Giagni, no Paraguai, pela primeira fase da competição. Esta se torna o primeiro triunfo do time baiano em outro país, em torneios oficiais. Agora, a equipe de Roger espera o sorteio que será realizado pela Conmebol para saber qual será o adversário seguinte.

Dominante desde os primeiros minutos de partida, o Bahia não teve dificuldade para abrir cedo o placar. 

O tricolor teve a primeira chance clara logo com um minuto de partida, quando Rossi pressionou a saída de bola da zaga do Nacional, conseguiu o domínio passou para Gilberto, que deu de bandeja para Élber cara cara com goleiro chutar rasteiro, e exigir uma defesaça do goleiro Rojas, evitando o primeiro dos baianos.

Pouco tempo depois, aos três minutos, Rossi fez um lindo lançamento do meio de campo para Élber avançar em velocidade e desta vez tocar na saída do goleiro, abrindo o placar para o Tricolor e ampliando a vantagem do time na partida.

É certo que o Bahia é mais time, tem jogadores de mais qualidade, padrão de jogo mais organizado e definido, mas a baixa qualidade técnica do time paraguaio contribuiu para o domínio do Bahia na partida. 

Os donos da casa deixaram muitos espaços na área defensiva, tanto pelas laterais como pela parte central do campo. O ataque pouco tinha sucesso nas investidas, quase sempre pelas jogadas aéreas, afinal, a defesa do Esquadrão se postava bem e não sofria.

Mesmo com dificuldade para penetrar na defesa do Bahia, o Nacional teve uma boa oportunidade de igualar o marcador aos 14 minutos, quando Beltrán roubou a bola passou para Benítez, que invadiu a área, driblou Anderson e sem ângulo chutou para o gol, mas Juninho bem postado afastou qualquer chance de perigo.

Melhor na partida, o Bahia ampliou o placar ainda na primeira etapa. Após perder nova oportunidade em roubada de bola, que Élber finalizou prensado em cima do goleiro, o Tricolor chegou ao gol em seguida.

Aos 29 minutos, João Pedro fez passe pelo alto para Gilberto, que tentou passar de primeira para quem entrava na área, mas o toque foi interceptado pelo zagueiro do time paraguaio, que esticou o braço e evitou o passe. Pênalti marcado, que Gilberto cobrou bem, bola de um lado, goleiro do outro, ampliando o marcador e a vantagem do time na partida.

Mesmo com tamanha desvantagem, o Nacional ainda tentou diminuir o placar. Aos 34 minutos, Villagra foi lançado dentro da área e de cara com Anderson, chutou rasteiro, para boa defesa do goleiro.

Com a fragilidade defensiva dos paraguaios bem exposta, o Bahia aproveitou para aumentar ainda mais a vantagem.

Aos 44 minutos, Juninho lançou Rossi em velocidade, que partiu sozinho pelo lado esquerdo do campo, e o atacante deu um lindo passe de três dedos para o artilheiro Gilberto chutar de primeira, na saída do goleiro Rojas.

Com o resultado já praticamente conquistado, se tornou natural que o Bahia diminuísse um pouco o ritmo para a segunda etapa, mas mesmo assim, continuou com domínio da partida apesar de ceder campo para o Nacional tentar marcar mais um.

O Nacional conseguiu diminuir o placar em um erro da arbitragem ao invés de uma jogada trabalhada. Aos três minutos, o lançamento na área Tricolor foi interceptado por Lucas Fonseca de cabeça, mas o árbitro equivocadamente enxergou que a bola bateu no braço do zagueiro e assinalou o pênalti. Villagra cobrou rasteiro, Anderson até pulou no canto certo, mas a bola passou por baixo dele e foi morrer no fundo das redes.  

A equipe Tricolor demorou para ter uma nova oportunidade. Ela só veio aos 33 minutos, quando João Pedro chutou de fora da área, Rojas deu rebote e Fernandão se atrapalhou todo com a bola. O atacante ainda conseguiu rolar para Rossi chutar forte, mas pelo alto para fora do gol.

As últimas duas oportunidades claras de gol do Tricolor na partida vieram primeiro aos 37 minutos, quando após cruzamento na área, Fernandão se antecipou a defesa e sozinho, finalizou por cima do gol, e aos 44, quando após trama dentro da área, o atacante chutou rasteiro e a bola tocou na trave. Não fez falta, o triunfo já estava decretado.

Análise do Bahia na partida

O Tricolor foi o grande dono da partida. Rápido nas transições em contra-ataque, bem organizado defensivamente e explorando bem as fragilidades do Nacional, o time baiano mais uma vez teve uma apresentação digna para o torcedor.

Há de se destacar o esquema que Roger Machado resolveu adotar. A saída de Daniel e o esquema 4-3-3 com a entrada de Rossi no time, tornou o Bahia uma equipe mais ofensivo, mais bem postada taticamente. O atacante hoje foi um dos melhores em campo, ao lado de Gilberto e Élber. O trio esteve muito bem, buscando o jogo desde o meio-campo, distribuindo bons passes, pressionando a saída de bola do adversário e o mais importante, contribuindo com gols.

O que também chamou atenção no confronto desta noite, foi o fato do Bahia não desistir de buscar aumentar o placar, mesmo com uma larga vantagem já construída. Sempre intenso e com a marcação adiantada para recuperar a bola e avançar com perigo, o time de Roger poderia ter goleado se não fosse a lambança do árbitro ao marcar de forma equivocada um pênalti a favor dos paraguaios, mas nada que evitasse a ótima atuação dos baianos.