‘Governador precisa fazer dever de casa’, diz Alan Sanches sobre segurança na Bahia
Líder da oposição na Alba reconhece trabalho da polícia, mas cobra investimento
Foto: Farol da Bahia
O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Alan Sanches (União), afirmou nesta quarta-feira (20), em coletiva após reunião com o secretário estadual de Segurança Pública, Marcelo Werner, que, apesar dos avanços da pasta no combate à violência no estado, ainda há carência de investimentos, principalmente em relação ao contingente de policiais.
Ele também destacou a necessidade de o governador Jerônimo Rodrigues (PT) cumprir o “dever de casa” e aumentar os investimentos em segurança pública para combater a criminalidade
"Essa reunião foi de extrema importância. A Secretaria de Segurança Pública apresentou vários avanços, mas, mesmo com todos esses progressos, a pergunta que a sociedade faz é a seguinte: 'Por que continuamos enfrentando esses índices alarmantes de mortes violentas?'. As quatro cidades mais violentas do Brasil estão aqui na Bahia. A questão é: o que está dando errado?", questionou o líder da oposição.
"Uma das coisas que sabemos é o investimento. Em 2016, o orçamento da Bahia era de R$ 28 bilhões e o investimento em segurança pública era de R$ 4,8 bilhões. Em 2022, segundo dados do TSE, o orçamento da Bahia já chegou a R$ 57 bilhões, mas o investimento em segurança foi de R$ 4,7 bilhões. Proporcionalmente, tivemos uma defasagem no investimento. Essa é a justificativa, a falta de investimento. É necessário que o governador faça o dever de casa e aumente o investimento em segurança pública, priorizando a vida das pessoas", completou.
Apesar dessas pontuações, Sanches elogiou o trabalho realizado pela polícia na Bahia e expressou otimismo em relação às ações de combate à violência após a reunião. "Parabenizo todo esse contingente da segurança pública que se expõe para cuidar da vida de todos nós. Fico otimista. No entanto, faço um apelo ao governo do Estado para que invista mais. Precisamos aumentar nossa equipe, tanto homens como mulheres. A decisão de aumentar nosso contingente depende apenas do governador, basta uma canetada dele", concluiu.
